O presidente da subseção de Canarana, Marcelo da Cunha Marinho, questionou as declarações dadas pela presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso, Gisela Cardoso, sobre o aumento dos repasses às subseções. Ele lembra que algumas entidades recebiam apenas R$ 2 mil por mês para custear as despesas e as mudanças ocorreram após uma mobilização dos presidentes do interior ainda em 2022.

“Nos espantou o discurso e a divulgação desse discurso da presidente em que leva ao entendimento de que o aumento dos repasses para as subseções não teve a participação dos presidentes de subseções, apropriando-se de um mérito que não é seu”

Marcelo explica que o pedido de aumento de repasse ocorreu durante uma reunião do Colégio de Presidentes, e já era uma demanda antiga da categoria. Em 2022, foi criado um grupo de trabalho formado por alguns presidentes e a tesouraria da seccional. Neste grupo foi realizado um estudo referente ao orçamento da seccional e foi apresentada uma nova forma de distribuição dos recursos e novos valores de repasse para cada subseção.

O presidente de Canarana reforça ainda que levou um tempo considerável para que a proposta feita pelo grupo de trabalho fosse aprovada, tendo o aval apenas em novembro de 2022, durante reunião do Colégio de Presidentes, em Água Boa. E em seguida foi submetido ao conselho estadual para aprovar o orçamento para o ano seguinte

“Os novos valores de repasses não foi definido pela presidente da seccional ou da diretoria , ao contrário, os presidentes estudaram o orçamento por meio do grupo de trabalho e apresentaram os atuais valores, para que enfim, as subseções tivessem autonomia financeira e não precisassem pedir à seccional repasses extras para realização de eventos, cursos e demais atividades voltados aos advogados, pedidos estes que nem sempre eram atendidos”, afirmou Marcelo.

O presidente lembra também que a pauta de valorização do interior vai muito além de repasses e computadores, é preciso dar voz à categoria. Os advogados do interior representam 52% da classe e contribuem tanto quanto os demais com a OAB-MT. Marcelo ainda destaca que a gestão da Ordem é formada pela diretoria da seccional, conselho estadual, diretorias de subseções e todos os colaboradores.

“Logo, seria importante e justo esclarecer que o que está sendo repassado às subseções é fruto de muito trabalho na base para diminuir os níveis de inadimplência e incentivar os advogados e advogadas a participarem da OAB e terem o sentimento de pertencimento, simplesmente devolvendo à advocacia o que é dela. Construção deste tipo não se faz sozinho ou sozinha, e, sim, em conjunto”, defendeu.

Marcelo ainda pede que o pleito eleitoral não seja palco de desinformação ou falsas notícias, pois tais atitudes torna o nível do debate muito aquém do que se espera de uma classe profissional que ainda tem o respeito da sociedade.