Depois de muita discussão, por 18 votos a 5, os deputados estaduais decidiram aprovar as contas do ex-governador Pedro Taques (PSDB), referentes ao exercício 2018. A votação ocorreu na sessão noturna da última sexta-feira (11).
A relatora do balancete, Janaina Riva (MDB), não esteve presente na votação por conta de uma licença médica. Ela havia pedido a reprovação por conta de 21 irregularidades encontradas.
Por essa razão, a defesa da reprovação foi feita pelo deputado Valdir Barranco (PT). Entre as argumentações, o petista citou o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Fundeb, que detectou que a gestão reteve mais de R$ 500 mil do fundo destinado à Educação.
“Foi um desvio de R$ 500 mil do Fundeb. Isso não foi nem uma pedalada, foi uma bicicleta. E fiz questão de trazer aqui a opinião do próprio Taques sobre pedalada, quando do golpe contra Dilma Roussef: ‘Sou favorável ao cumprimento da Constituição. Quem comete crime fiscal, deve ser afastado’. É por isso que essas contas não devem prosperar”, disse ele.
Ainda em seu discurso, Barranco destacou a Operação Rêmora, que encontrou desvios em obras escolares do Estado. E citou que mesmo o Tribunal de Contas (TCE-MT) apontando inúmeros erros ao longo da Gestão, Taques continuou a cometê-los.
O deputado Wilson Santos (PSDB), que foi líder do tucano na Assembleia, negou que a gestão passada tenha cometido qualquer desvio do Fundeb. Disse que, na verdade, houve atraso nos repasses.
Além disso, ele citou que Taques enfrentou a maior crise econômica vivida por Brasil.
Com a aprovação de suas contas, Taques não se torna inelegível e está apto a disputar qualquer processo eleitoral.