Foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (31) a “Operação Cilada”, que cumpre 11 mandados judiciais, sendo 4 de prisão preventiva, 6 de busca e apreensão em residências e 1 de prisão domiciliar. Entre os alvos presos está um policial civil, um ex-estagiário da PJC e um ex-policial militar.

A investigação foi conjunta entre o Ministério Público de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), e a Polícia Civil, através da Corregedoria-Geral da PJC.

A operação se fundamenta em Procedimento de Investigação Criminal (PIC) instaurado no âmbito do GAECO e visa desarticular uma organização criminosa que utilizava aplicativos de relacionamentos (Tinder/Baddo) para promover encontros sexuais entre homens mais velhos com adolescentes, com a finalidade de realizar a abordagem dos alvos em motéis e pousadas, exigindo em seguida elevadas quantias em dinheiro dos homens abordados como condição para evitar a prisão em flagrante ou a exposição na mídia.

Esta organização criminosa era composta, ao menos, por um policial civil, um ex-estagiário da polícia civil, um ex-policial militar e informantes, incluindo a própria mãe de uma menor envolvida com o grupo, que utilizava a própria filha nos crimes de exploração sexual de adolescentes.

Um dos alvos, inclusive, o policial civil, é acusado de matar Uarlei Pereira Brandão, 36, em fevereiro deste ano, em um bar, localizado no bairro alvorada, em Cuiabá. Segundo informações passadas por familiares à polícia, a vítima entrou em atrito com o policial, próximo ao banheiro do comércio, ocasião em que o suspeito sacou a arma de fogo e efetuou os disparos, atingindo a vítima no peito. O homicídio, no entanto, não tem relação com a Operação Cilada.