Cerca de 100 policiais penais “invadiram” o Palácio Paiaguás, em Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (9), para serem atendidos pelo governador Mauro Mendes (DEM). A categoria busca a equiparação salarial com outras carreiras da Segurança Pública e melhoria salarial do servidor que atua diariamente com risco em penitenciárias e cadeias de Mato Grosso.
Com faixas e cartazes, os servidores cantaram o hino nacional e fazem cânticos da categoria. (Veja vídeos no final da matéria). A manifestação iniciou às 7 horas no estacionamento da Assembleia Legislativa e se estendeu ao Palácio Paiaguás. Os agentes afirmam que não vão deixar o local enquanto não forem atendidos pelo chefe do Executivo estadual.
O manifesto ocorre um dia depois de os policiais penais decidiram por greve em assembleia da categoria. Os servidores deram o prazo de 72 horas para o governo do Estado acatar sua proposta de valorização salarial. De acordo com o sindicato, após este prazo, os agentes deverão entrar em greve.
Conforme o presidente do sindicado, Amaury Neves, o secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, chegou a informar que não irá contemplar a demanda proposta pelos servidores. Amaury ressaltou ainda que os servidores estão há mais de oito anos sem receber ajustes salariais, tornando a categoria com o menor salário da Segurança Pública do Estado.
“Essa negociação se arrasta por um período já grande, e essa gestão do sindicato deu continuidade a esse trabalho. Ontem à noite, depois de várias reuniões, recebemos uma posição por telefone do secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, nos informando que não contemplará nossa demanda de valorização salarial. O que contempla não repara as nossas perdas e que não tem como mudar. Foi um comunicado por telefone e não foi possível discutir e trouxemos essa posição para a categoria”, afirmou.
O deputado estadual João Batista (Pros), que também é policial penal, esteve presente na assembleia e comentou sobre a decisão da categoria em aderir à greve em todo o Estado e reiterou que continuará o trabalho de intermediar o diálogo entre sindicato e governo.
“O policial penal com o socioeducativo são as categorias de Segurança Pública com o menor salário. Então, a categoria se mobilizou, sentou com o governo do Estado fez a proposta e o governo apresentou uma contraproposta, mas a assembleia é soberana e a categoria decidiu por uma paralisação. Vamos estar acompanhando esses movimentos para manter esse diálogo entre o governo e os policiais penais no sentido de evitar qualquer prejuízo, seja na execução do serviço ou para os policiais”, disse o parlamentar.