Sete pessoas, com idades entre 19 e 50 anos, foram presas no começo da tarde de sábado (25), no bairro Jardim das Oliveiras, em Sinop (509 quilômetros ao Norte de Cuiabá), apontados como autores de duas chacinas que aconteceram na cidade, uma delas, inclusive, foi durante a madrugada. A prisão aconteceu enquanto eles, supostamente em nome da facção Comando Vermelho, faziam um churrasco para comemorar o fato.
A polícia da cidade já estava mobilizada desde a madrugada após o crime que vitimou Leandro Nascimento Costa, 35, Daniel Farias, 23, e Robert Andrade de Souza, 18. Uma quarta vítima está em estado grave no hospital.
Já durante a manhã, a Agência de Inteligência recebeu informações de que na casa de um dos suspeitos estava acontecendo um churrasco em comemoração da chacina corrida na madrugada.
Policiais se mobilizaram e perceberam grande movimentação na casa, onde alguns suspeitos foram reconhecidos pelas passagens criminais. Em escuta, ouviram que o crime foi cometido pelo grupo a mando do ‘Nego Drama’, já que as vítimas seriam membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa ‘inimiga’ do Comando Vermelho.
Equipe do Raio foi acionada para ajudar no caso e abordou os 7 suspeitos. Um deles reagiu, tentou agredir os policiais e fugir do local. Foi necessário o uso de força para conter o suspeito.
Na casa, foram encontrados um revólver calibre 38, duas munições, um celular, uma garrucha calibre 22 e três peças de maconha. Um dos suspeitos ainda confirmou a autoria do crime a mando do CV ‘em nível estadual’.
Mais chacina
O mesmo suspeito disse aos policiais ter sido responsável em planejar a chacina ocorrida no dia 16 de dezembro na cidade. Naquele dia, uma casa foi invadida e 10 pessoas, entre homens, mulheres e crianças, ficaram reféns dos criminosos.
Durante a ação, os homens foram separados, ficaram ajoelhados e sendo reconhecidos por fotografia. Aqueles que já estavam jurados de morte, foram baleados na cabeça e morreram no local.
Vítimas foram identificadas como Laurielson França Souza, 30; Rubenilson de Jesus Silva Monteiro, 38; Emerson Renato Ribeiro Pereira, 22 e Bruno Beche Garcia Sousa, 23. Preso alegou que eles eram do PCC e por isso, a morte foi encomendada pelo CV.