A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar supostas emissões fraudulentas de créditos ambientais por servidores da Secretaria de Estado de Saúde (Sema). De acordo com o documento, as fraudes acontecem desde 2016.

De acordo com as investigações preliminares, a organização criminosa utilizava laranjas nas operações de compra e venda de créditos florestais através de Autorizações para Explorações de Planos de Manejos Florestais.

Ainda segundo as informações apuradas pela Polícia Civil, o grupo simulou diversos contratos e apresentou informações falsas no sistema da Secretaria de Meio Ambiente. Nos laudos, estudos e relatórios ambientais apresentados nos pedidos de Plano de Manejo constavam nomes de laranjas para obtenção dias autorizações cujos créditos seriam transferidos para outras empresas, constituídas também por laranjas.

Com a obtenção das autorizações, a organização criminosa prosseguia inserindo informações falsas nos sistemas da Sema e, com isso, gerar mais créditos do que deveria ser explorado nos Planos de Manejo Florestais.

“Com isso, algumas dessas empresas (inclusive fantasmas) logravam legalizar os saldos existentes em seus sistemas que agora poderiam ser comercializadas como se fossem originários de planos de manejos florestais sustentáveis devidamente autorizados pelo órgão ambiental”, diz trecho do inquérito.

Os créditos gerados de forma fraudulenta eram repassados ainda para empresas que possuíam madeiras de origem desconhecida, decorrentes de desmatamentos não autorizados no bioma amazônico. Em outras situações os créditos eram transferidos para empresas que somente existiam virtualmente.

De acordo com a Polícia Civil, pelo menos cinco servidores da Sema estariam envolvidos no esquema.

(HNT)