O 18º criminoso, que teria participado do ataque à Confresa (MT) e que morreu neste sábado (13), após troca de tiros com policiais, estava com uma pistola calibre 9mm. A arma foi apreendida após o confronto registrado em um ambiente de mata, perto da fazenda Terra Boa e do assentamento Barranco do Mundo, em Pium.

Após o tiroteio na região onde é realizada a operação Canguçu, o homem chegou a ser levado para o Hospital de Marianópolis do Tocantins, mas não resistiu. Um vídeo publicado pela polícia nas redes sociais mostra a ambulância com o suspeito saindo da área de confrontos em direção ao hospital, sob escolta policial.

No local, a polícia encontrou uma pistola de modelo é PT 92 AFS-D. Além dessa, foram apreendidas ao longo da operação 18 armas, dentre elas dois fuzis .50 e 11 AK-47, carregadores, milhares de munições, coletes balísticos, capacetes balísticos, materiais explosivos e detonadores, além de coturnos, luvas, joelheiras, cotoveleiras, balaclavas e mochilas.

O balanço, divulgado pela PM até a manhã deste domingo (14), aponta 18 mortos e cinco presos na operação. Dentre estes, dois foram capturados no cerco policial na zona rural do Tocantins. Outros três suspeitos de ajudarem no planejamento logístico foram capturados em Redenção (PA) e em Araguaína (TO) pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Operação Canguçu

A operação na zona rural do Tocantins começou no dia 10 de abril, um dia após os criminosos tentarem assaltar uma transportadora de valores e fugirem para a zona rural do Tocantins. Eles foram surpreendidos pela fumaça e saíram sem levar nada, apesar de terem passado um ano planejando o crime. O objetivo era roubar R$ 60 milhões.

Após o crime, eles entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Os criminosos até tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais.

Mesmo durante a fuga os criminosos têm deixado um rastro de terror, invadindo propriedades e fazendo pessoas reféns. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.

Nos últimos dias foram encontrados rastros dos criminosos, como espigas de milho e sapatos velhos próximo da região do povoado Café da Roça, na zona rural de Pium. Também foi encontrado sal com ureia, que serve para alimentação de bovinos, e estaria servindo de alimento para os fugitivos.

Criminoso usava sacos de fibras sintéticas para tentar despistar a polícia — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Criminoso usava sacos de fibras sintéticas para tentar despistar a polícia — Foto: Reprodução/Redes Sociais