A Polícia Civil de Mato Grosso incinerou na quarta-feira (11) cerca de 2,4 toneladas de drogas apreendidas em Cuiabá e Várzea Grande. O governador Mauro Mendes acompanhou a ação com o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante. A incineração foi realizada no forno de uma empresa, localizada no Distrito Industrial, em Cuiabá.

A Perícia Oficial e Indentificação Técnica (Politec) garantiu a idoneidade da ação, fiscalizando para que os lacres com os produtos ilegais não fossem rompidos. Foram queimadas 2,2 toneladas de maconha, 159 quilos de cocaína e 42 quilos de outros tipos de entorpecentes, como drogas sintéticas e anabolizantes.

Mauro Mendes defendeu a revisão das leis brasileiras, que deveriam endurecer as penas para os envolvidos no tráfico de drogas.

“Essas duas toneladas de drogas são da baixada cuiabana e não está nesta conta o que é apreendido na fronteira, um número ainda maior. O tráfico de drogas abastece outros tipos de crime, contudo, a nossa polícia tem feito trabalho exemplar, trazendo mais tranquilidade e combatendo esses tipos de crime. Espero que algum dia os nossos legisladores possam fazer revisão das legislações e estabelecendo penas mais duras que se não vamos ficar enxugando gelo”, afirmou o governador.

O delegado titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, informou que a incineração está prevista na lei de drogas, sendo um ato formal com a presença de representantes de várias instituições e autoridades.

“Existe todo um cuidado nesse procedimento. Um grande aparato de policiais na escolta, em razão da grande quantidade. Esse volume de entorpecentes é fruto do trabalho da Delegacia, não somente das apreensões que realizamos aqui, mas de outras unidades e da Polícia Militar, que são levadas aos plantões, ou do sistema penitenciário. Toda essa droga apreendida vem para a DRE”, explicou o delegado.

A diretora Metropolitana do Laboratório Forense, Alessandra Puertas, explicou que além do trabalho de emissão dos laudos das apreensões, no dia da queima, a Politec faz a vistoria dos lacres para garantir que não houve desvio do entorpecente. Antes da incineração, os policiais realizam o catálogo das drogas, de acordo com os laudos periciais emitidos quando das apreensões.

“Até mesmo na porta da caldeira, a gente analisa a integridade dos lacres com as drogas”, disse.

Procedimentos

A droga destruída deu origem a cerca de 600 procedimentos na Delegacia, entre inquéritos policiais, termos circunstanciados de ocorrência, instaurados pela DRE, e flagrantes dos plantões convertidos em inquéritos na Especializada.

“Existe um trabalho árduo, por trás dessa incineração, autorização judicial, fiscalização de órgãos como a Vigilância Sanitária, Politec e outros, que asseguram o cumprimento dos procedimentos da lei de drogas nesse processo”, pontuou o delegado.

O ato de incineração contou com a participação da Politec, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, OAB-MT, Ministério Público Estadual, Vara Criminal de Entorpecentes, Vigilância Sanitária.

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