A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA) deflagrou, na manhã desta terça-feira (04), a 2ª Fase da Operação Kuron, para cumprir 19 ordens judiciais contra uma organização criminosa responsável por furtos de caminhonetes, em especial modelo Toyota Hilux, em Capital e Várzea Grande.
A segunda fase da operação foi desencadeada após desdobramentos das investigações, em que foram identificadas pessoas responsáveis em dar suporte financeiro ao grupo responsável pelos furtos. No total, são cumpridos nove mandados de prisão (quatro preventivas e cinco temporárias) e 10 de busca e apreensão.
Na primeira fase da operação, deflagrada em fevereiro deste ano, foram cumpridas 10 ordens judiciais, das quais cinco mandados de prisão, com o intuito de desarticular o grupo criminoso.
Os trabalhos investigativos apontaram que os suspeitos se especializaram em uma modalidade específica de furto, em que os veículos eram subtraídos quando estavam parados na rua. Durante o furto, os criminosos conseguiam abrir e ligar a caminhonete, saindo normalmente com o veículo.
Desdobramentos
A partir das investigações, também foi possível identificar outra célula da organização criminosa, com atuação nos mesmos crimes já investigados na primeira fase.
Entre os alvos, foram identificadas duas pessoas (padrasto e enteada) que eram responsáveis por alugar imóveis nas proximidades dos locais onde eram realizados os furtos, para “esfriar” (guardar o veículo por dois ou três dias) os veículos, que tinham suas placas de identificação trocadas.
Após esse processo, a maior parte das camionetes eram levadas para a Bolívia. Uma das pessoas investigadas utilizava uma identidade falsa para alugar os imóveis, sendo os pagamentos dos aluguéis realizados por meio da conta bancária de seu padrasto. Pelo menos dois imóveis foram alugados pela organização criminosa, para este fim.
Crime de extorsão
Outro integrante da organização criminosa, identificado nas investigações, era responsável por extorquir as vítimas que tinham suas caminhonetes furtadas. Após conseguir os dados das vítimas, ele ligava para elas e exigia valores em dinheiro para que o veículo furtado fosse devolvido.
Falsificação de documentos
Paralelamente, foram identificados mais dois suspeitos que prestavam serviços aos demais integrantes da organização criminosa falsificando procurações que eram utilizadas em concessionárias de órgãos públicos que eram responsáveis pela guarda e apreensão de seus veículos.
A falsificação das procurações tinha a finalidade de retirar veículos de propriedade dos integrantes da organização criminosa que eram apreendidos e tinham pendências nos órgãos de trânsito.
O nome da operação Kuron significa “clone” em japonês e faz referência à marca dos veículos, que é japonesa, e às peças das caminhonetes que eram clonadas.
( Rdnews)