A Gerência Estadual de Polinter e Capturas da Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu no primeiro semestre deste ano 291 mandados de prisões de foragidos da justiça e também daqueles criminosos que estavam prestes a deixar o Sistema Penitenciário, mas ainda tinham pendências judiciais. O aumento é de 37% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando 213 mandados foram efetivados.
A Polinter é a unidade da Polícia Civil responsável pelo cumprimento de mandados de foragidos e também de cartas precatórias do estado e de outras unidades da federação. Foram cumpridas 2.087 cartas precatórias, com oitivas.
As prisões efetuadas correspondem ainda a mandados de prisões de criminosos que estavam detidos por outros delitos e prestes a ganhar a liberdade condicional, mas ainda tinham pendências com a justiça. Em decorrências de inquéritos instaurados pela Polícia Civil, esses criminosos tiveram prisões decretadas por variados crimes, como roubo qualificado, tráfico de drogas, associação para o tráfico, associação criminosa, latrocínio, homicídios tentados e consumados, crimes sexuais, entre outros.
Em casos mais complexos, a Polinter realiza o trabalho de investigação dos paradeiros em parceria com as Diretorias de Inteligência, Metropolitana e do Interior, além de contar com a colaboração da população para denúncias, que podem ser feitas pelo número 197.
O diretor de Atividades Especiais, delegado Vitor Hugo Bruzulato, explica que os mandados de prisões expedidos pelo Poder Judiciário entram em um banco nacional, disponível a todas as forças de segurança e quem têm a obrigação legal de cumprir as prisões.
“No caso da Gerência de Polinter, como ela tem atribuição estadual, a unidade faz o intercâmbio com outras delegacias de Mato Grosso e também dos estados para o cumprimento de mandados de foragidos. A Polinter tem uma atribuição complementar e inclusiva no cumprimento de mandados, que também devem ser cumpridos por qualquer outra força policial presente no estado, destacou o diretor, acrescentando que o trabalho da Polinter inclui ações na região metropolitana e também no interior’,
Operação Smash
Nos meses de março e abril, a Polinter realizou duas fases da Operação Smash (do inglês esmagar), para cumprir prisões de pessoas condenadas judicialmente, mas prestes a ganhar a liberdade condicional, contudo, ainda têm pendências processuais por outros crimes. Os mandados foram executados em unidades prisionais nas cidades de Várzea Grande, Cuiabá, Paranatinga, Comodoro.
A operação tem como foco principal aqueles criminosos sentenciados pela justiça e que estão com prisões decretadas por delitos como homicídio, roubo, associação criminosa, estupro de vulnerável, ameaça, tráfico de drogas e violência doméstica.
“As equipes fazem os levantamentos com o intuito de identificar e localizar o paradeiro de foragidos da Justiça, que praticaram os mais variados crimes. Esses criminosos são alvos da Gepol, que trabalha incansavelmente para cumprimento da missão”, pontuou a delegada titular da Polinter, Sílvia Pauluzi de Siqueira.
Safe City
A quinta fase da operação, realizada no mês de maio, cumpriu 85 mandados de prisão, a maioria deles no interior do estado.
Três equipes de policiais civis trabalharam no cumprimento das prisões em diferentes regiões do estado contra foragidos que respondem a processos por crimes como estupro de vulnerável, homicídio, latrocínio, roubo, furto, tráfico de drogas, lesão corporal e organização criminosa.
Apenas em Rondonópolis, foram cumpridos 26 mandados contra reeducandos da Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa (Mata Grande), que já estavam presos por outros crimes. Outros 18 foragidos foram detidos em bairros da cidade.
Violência doméstica
No mês de março, durante a Operação Nacional Átria, os esforços da Polinter se concentraram no cumprimento de mandados de crimes relacionados à violência doméstica, com 34 prisões.