O Ministério Público Estadual (MPE) acusa o prefeito Emanuel Pinheiro (MBD) de comandar um esquema para furar-fila na vacinação contra a Covid-19 em Cuiabá.
Segundo as investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), o esquema para furar a fila da vacinação, funcionava da seguinte maneira, as pessoas além de seus familiares entravam em contato pelo telefone do prefeito, indicando os nomes que necessitavam ser imunizados. Em seguida O prefeito encaminhava os nomes para a pessoa que segundo o GAECO seria Gilmar de Souza Cardoso, coordenador Técnico de Tecnologia e informática da Secretaria de Saúde Municipal, que repassava para o chefe os agendamentos realizados.
“Destaca-se que, assim que as solicitações de agendamento eram feitas ao prefeito Emanuel Pinheiro, aquelas que ele acha pertinentes, realizava o encaminhamento do cadastro/dados ao Sr. Gilmar para que este realizasse o agendamento, posteriormente o Sr. Gilmar encaminhava o comprovante de agendamento ao prefeito Emanuel Pinheiro, que na sequência repassava tal comprovante ao solicitante do agendamento”, diz o relatório do Gaeco.
Conteúdo extraído de um dos celulares apreendidos do prefeito mostra que ele agendo, pessoalmente, as datas de vacinação para 47 pessoas.
A maioria dos agendamentos não respeitou as datas estabelecidas para cada faixa etária, ou seja, há o indicativo de que o prefeito teria autorizado as pessoas a furarem a fila da vacinação.
Entre os nomes constam que furaram as filas enquanto muita gente morria por falta de vacina na capital, está seu irmão Marco Polo Pinheiro (Popó), e seu filho o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (Emanuelzinho), um deputado e um delegado de polícia, além de amigos e funcionários.
As provas foram colhidas por conta de um celular preso no último dia 19 de outubro do ano passado, por conta da operação Capstrum, que investiga um esquema de corrupção de nomeações ilegais na secretaria de Saúde da Capital.
No ano passado, ele ficou 37 dias afastados por causa do esquema que resultou em um “cabide de empregos” na Prefeitura de Cuiabá.
As provas foram colhidas por conta de um celular preso no último dia 19 de outubro do ano passado, por conta da operação Capstrum, que investiga um esquema de corrupção de nomeações ilegais na secretaria de Saúde da Capital.