Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (13), a 2º fase da Operação Et Caterva, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que aplica fraudes no Auxílio Emergencial disponibilizado pela Caixa Econômica, além de Precatórios Judiciais. Na primeira fase, deflagrada no dia 31 de março, um gerente do banco foi preso e um servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) foi alvo da ação.
Conforme as informações da assessoria de imprensa da PF, foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventivas expedidos pela Justiça da 5º Vara Federal de Cuiabá. Todos os mandados foram cumpridos em Goiânia, cidade onde funcionava o ‘escritório’ da quadrilha e da liderança.
Nos endereços investigados pelos federais, foram apreendidos centenas de aparelhos celulares. A suspeita é de que os telefones estavam sendo usados para o cadastramento no aplicativo ‘Caixa Tem’, que regulariza a situação do beneficiário para o saque das parcelas do auxílio emergencial.
Identidade dos alvos não foi divulgada pela polícia. Na primeira fase da operação, o líder do esquema estava hospitalizado com covid-19. Após análise de documentos e itens apreendidos, novos participantes e integrantes do esquema foram identificados e a segunda fase foi desencadeada.
R$ 15,7 milhões em golpe
Conforme a PF, identificado recebimentos ilícitos em precatórios judiciais somados em mais de R$ 13 milhões. Além disso, só em saques do Auxílio Emergencial desde 2020, no começo da pandemia, o grupo conseguiu realizar saques equivalentes a R$ 2,7 milhões. 12 pessoas chegaram a ser presas, entre elas um gerente da Caixa Econômica em Mato Grosso.
Um servidor do TRE-MT foi alvo dos agentes, apontado como participante da ação de fraude por meio de falsificação do e-título – aplicativo do título de eleitor.