Peritos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) chegaram neste sábado (14), em Mato Grosso, para investigar as causas e origens dos incêndios florestais, no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e no Parque Indígena do Xingu.
De acordo com o Ministério da Defesa, eles vão trabalhar em parceria com os funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Os especialistas da equipe americana vão investigar a origem das queimadas.
Ao todo, são seis investigadores, sendo que três vão para Chapada dos Guimarães e outros três para o Xingu.
A investigação é específica para saber se os incêndios começaram ilegalmente ou se houve somente uma queimada promovida pelos agricultores. A parceria entre a USAID e o governo do Brasil começou em 1998, com o intuito de melhorar o processo de combate aos incêndios e prevenir os riscos, de acordo com o Ministério da Defesa.
Brigadistas combatem fogo em Chapada dos Guimarães (MT) — Foto: Ianara Garcia/TVCA
Na quinta-feira (12), a Prefeitura de Chapada dos Guimarães decretou situação de emergência por causa das queimadas e alegou prejuízo de R$ 23 milhões com despesas não previstas no orçamento e, por isso, teria estourado a capacidade operativa e financeira do município.
Os incêndios florestais já afetaram cerca de 10 mil moradores.
O Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, que fica no município de Chapada dos Guimarães, teve os atrativos turísticos fechados desde segunda-feira (9) como medida de segurança.
O incêndio na região começou há mais de duas semanas. O fogo próximo à MT-251 tem prejudicado o tráfego entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Em alguns pontos, a visibilidade é quase zero.
O Instituto Chico Mendes (ICMBio) ainda deve calcular a área atingida. A estimativa, porém, é de que o fogo já tenha consumido 5 mil hectares de vegetação.