A perita criminal Rosângela Monteiro classificou os jovens que participaram ativamente da execução dos motoristas por aplicativo Elizeu Rosa Coelho, 58 anos, Nilson Nogueira, de 42 anos, e Márcio Rogério Carneiro, 34 anos, como ‘spree killers’, ou seja, uma modalidade de serial killer que age por impulso para satisfazer o desejo de matar. A análise foi feita para o programa Crime S/A do youtuber Beto Ribeiro, exibido na noite de quinta-feira (23).
Os crimes que chocaram a população mato-grossense aconteceram entre os dias 10 e 14 de abril deste ano, em Várzea Grande. A carnificina só teve fim quando a Polícia Civil encontrou os corpos de duas vítimas na região do Chapéu do Sol e do Capão do Pequi, ambas no município, na noite do dia 15, e conseguiu chegar aos responsáveis. A terceira vítima foi localizada na manhã do dia seguinte.
Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, e seus comparsas, dois adolescentes de 15 e 17 anos, foram detidos e apontados como autores dos homicídios brutais. Um outro cúmplice, identificado como Akcel Lopes, continua foragido. A namorada do jovem de 15, Keise Melissa Rodrigues Matos, também está presa por envolvimento no caso.
“Existe um tipo de serial killer que chama de spree killer. Ele é um psicopata e é uma característica dele essa coisa de matar com um intervalo muito curto entre uma morte e outra e ele vai por impulso. Esse spree killer age mais ou menos assim como esses [fazendo menção ao quarteto]. O que prevalece é o impulso e o desejo de matar por essa satisfação incrível que dá em ver o outro sofrer e morrer”, explicou a perita.
A principal diferença entre um spree killer e um assassino em série, além da impulsividade, é que o serial killer geralmente age sozinho, enquanto a outra categoria age em grupo e ainda está ‘aprendendo’, conforme explicou Rosângela Monteiro.
“Na verdade, o que está por trás disso é um sadismo. É o prazer em matar o outro. É pela descarga de adrenalina. Ele falou isso para mascarar o desejo real dele, de matar três, o prazer que ele tem em relação a isso”, declarou.
“O spree killer é muito impulsivo e não consegue se segurar. Pedir um motorista de aplicativo é muito simples, não precisa nem fazer força para conseguir uma vítima em potencial”, disse.
Por fim, a perita supõe que, se o grupo não fosse pego ou se os alvos não fossem motoristas de aplicativo, poderia ser qualquer pessoa que estivesse em uma posição de vulnerabilidade na qual os jovens pudessem aproveitar para satisfazer o desejo de matar.
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fonte: HNT