A Operação Gaveteiro da Polícia Federal (PF) cumpriu  41 mandados de busca e apreensão e ocorreram seis mandados de prisão, durante a ação, nos últimos dias.

O pastor Ronaldo Nogueira, da Assembleia de Deus no Rio Grande do Sul, é um dos alvos Polícia Federal (PF) por suspeita de ter desviado R$ 50 milhões do extinto Ministério do Trabalho e na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), enquanto atuava na pasta.

Além do pastor Ronaldo Nogueira, os federais investigam também um ex-assessor do ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Segundo investigações, uma empresa de tecnologia da informação teria sido usada para desvios de verbas do extinto Ministério do Trabalho, com a influência do pastor Ronaldo Nogueira.

Com essa operação, a Justiça Federal decretou bloqueio de bens no valor de R$ 76 milhões dos donos da firma.

Nascido na cidade de Carazinho/RS, o pastor Ronaldo Nogueira é filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), onde sua carreira política foi consagrada ao atuar como Ministro do Trabalho da gestão do presidente Michel Temer.

Atualmente, o pastor é deputado federal, no qual ocupa o cargo de presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados.

O pastor ficou no cargo de ministro até 27 de dezembro de 2017, quando pediu demissão para poder se candidatar nas eleições de 2018.

Ele ficou conhecido nacionalmente após uma polêmica envolvendo a jornada de trabalho. Na época, Ronaldo Nogueira disse que a carga horária de trabalho deveria ser de 12 x 36, gerando revolta de muitas pessoas, até mesmo do presidente Michel Temer, que na época comandava o Brasil, e chegou a negar as informações, dizendo que nada seria alterado.

O pastor Ronaldo Nogueira não se pronunciou sobre as acusações de desvio de dinheiro enquanto era Ministro do Trabalho, mas as investigações continuam.