Um dos principais articuladores da eleição de Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Câmara Federal, Neri Geller (PP), está sendo cotado para assumir o Ministério da Agricultura (Mapa) sob indicação do chamado Centrão – partidos de centro que têm dado sustentação ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

O nome de Geller é cotado após as negociações para a saída de Tereza Cristina (DEM-MS) do Ministério, depois da crise do DEM com Bolsonaro.

Geller tem se tornado um dos parlamentares mais influentes do Congresso, e como vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que tem cerca de 300 deputados e senadores, está sendo visto um ótimo nome para voltar a ocupar o cargo de ministro da Agricultura.

A mudança ministerial no governo federal tem sido uma cobrança dos seus aliados, e, com o enfraquecimento do DEM e o crescimento de outras siglas, como o PP, Geller seria o nome apoiado por Lira, parte da FPA e do ex-ministro Blairo Maggi para assumir a vaga.

A possível indicação de Geller para o Ministério será importante para o Estado e para o projeto político dele, já que tem articulado para disputar a vaga no Senado, hoje ocupada por Wellington Fagundes (PL).

Caso a indicação se concretize, Geller terá boas chances de se cacifar para a disputa ao Senado, com importantes apoios do setor produtivo e de Blairo Maggi.

Geller ocupou a pasta em 2014, durante o primeiro mandato do governo Dilma Rousseff (PT) e foi responsável pela abertura de mercados importantes para a comercialização da produção agrícola do país. Na condição de ministro, viajou aos Estados Unidos, onde assinou o acordo com o governo norte-americano colocando fim ao contencioso do algodão, que se arrastou por mais de uma década.

Após sua saída do cargo, retornou ao Ministério em 2016, quando o ex-ministro Blairo Maggi (PP) assumiu a Pasta durante o governo tampão de Michel Temer (MDB).

Geller ficou ao lado de Maggi na Secretaria de Política Agrícola. Como secretário de Política Agrícola o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, em setembro de 2017, a renegociação de dívidas de produtores do Centro-Oeste, Espírito Santo e da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

A medida deu fôlego ao produtor para honrar seus compromissos e obter novos recursos na safra seguinte.

Deixou a pasta para disputar a eleição de 2018 para a Câmara Federal, obtendo 73.054 mil votos para representar o Estado na Câmara Federal.

Neri Geller iniciou a carreira política em 1996, quando foi eleito vereador na cidade de Lucas do Rio Verde, sendo reeleito em 2000. Geller também ocupou o cargo de Deputado Federal em 2007 e 2011 na condição de suplente.

Até janeiro deste ano esta na condição de líder da bancada federal de Mato Grosso no Congresso. Atualmente é considerado o “herdeiro político” de Maggi dentro do PP.