A manhã do último domingo certamente marca a trajetória de Luiz Henrique no Botafogo. O Alvinegro venceu o Flamengo por 2 a 0 e teve o camisa 7 como protagonista. Foi dele o gol que abriu o placar no Maracanã, em jogo pela 4ª rodada do Brasileirão. Savarino ainda completou nos acréscimos do segundo tempo.
O gol foi o primeiro de Luiz Henrique contra o Flamengo, principal rival também quando vestia as cores do Fluminense, clube que o projetou para o futebol. E a comemoração foi especial: assim que balançou as redes, ele correu em direção ao banco de reservas, pegou um objeto com um integrante da comissão técnica e colocou no rosto.
Era a máscara do Pantera Negra, super-herói, o primeiro com origem africana criado nas histórias em quadrinhos nos Estados Unidos. Ele é dotado de velocidade, força e agilidade e tem seu próprio reino – a nação de Wakanda. T’Challa, que era o próprio jovem príncipe da nação, foi um dos maiores pilares da representação negra em histórias de super-heróis.
O atacante revelou ter essa comemoração guardada desde o último jogo da Libertadores, quarta-feira passada, contra o Universitario, do Peru. Na partida, ele fez o primeiro gol dele pelo Botafogo – um golaço em que driblou o goleiro (vídeo abaixo) – mas optou por deixar o momento especial para o jogo seguinte.
O apelido surgiu quando ele estava no Real Bétis, da Espanha, por um companheiro de time. Aqui no Brasil, um amigo próximo reforçou a ideia. Mc Bellot, que já fazia músicas sobre o atacante quando estava no Fluminense, deu mais ênfase e plantou a ideia em Luiz.
– Na Libertadores, eu fiz um gol só que eu não pude pegar a máscara para não receber cartão amarelo, mas eu falei para eles que no jogo de hoje não ia passar, que eu queria pegar essa máscara, queria fazer o gol. Graças a Deus agora está eternizado como “Pantera Negra” – explicou.
Luiz Henrique foi contratado em fevereiro com o status de reforço mais caro do Brasil. Sua estreia foi três dias após a chegada ao Rio de Janeiro, mas o Alvinegro terminou com revés. Desde então, ele teve lesão e retomou aos jogos, mas ainda sem estar 100% fisicamente.
Até agora, no Botafogo, ele tem nove jogos, dois gols e uma assistência – sete deles como titular. E aos poucos vem se adaptando no esquema de Artur Jorge, jogando pelas extremidados do campo, e também por dentro. Além disso, o atacante ganhou a função de auxiliar na marcação. (GE)