O Palmeiras recuou na negociação pelo atacante Rafael Santos Borré, do River Plate. Diante das incertezas causadas pela pandemia e do cenário econômico complicado, tanto do clube como no Brasil e no mundo, a diretoria decidiu dar um passo atrás nas conversas.
Na visão do Palmeiras, seria irresponsável prosseguir em uma negociação com valores considerados muito altos e que poderiam afetar a parte financeira, principalmente por conta do momento que o país atravessa com a pandemia, inclusive colocando em dúvida a continuidade do futebol.
Esse fatores causados pela pandemia podem impactar diretamente nas receitas do clube durante a temporada, como aconteceu em 2020. Assim, o negócio de grande proporção e com altos valores passou a ser considerado arriscado.
O Palmeiras não descarta totalmente a possibilidade de um acerto, mas neste momento os valores que foram colocados ao jogador não são considerados factíveis pelo clube. Novas conversas podem acontecer, mas com quantias mais modestas. As chances de acerto, entretanto, são bem menores.
Há uma preocupação, por exemplo, com a alta do dólar em relação ao real. As correções e gatilhos anuais em contratos de jogadores estrangeiros geralmente são baseadas na moeda americana, como seria o de Borré, e poderiam gerar problemas futuros. Hoje, um dólar vale R$ 5,58.
As primeiras conversas pela contratação de Borré aconteceram há cerca de 40 dias. Com propostas de outros clubes e também para renovar com o próprio River Plate, o jogador pediu um tempo para se decidir. As primeiras sinalizações positivas aconteceram apenas nas últimas conversas.
No Palmeiras, a expectativa é que a crise financeira seja igual ou pior do que 2020, justamente por conta da pandemia do coronavírus, que impede a presença do público no estádio, entre outros aspectos.
O Palmeiras garante que não fará “loucuras” na contratação de jogadores. A diretoria avaliou que, diante das condições atuais, seria irresponsável financeiramente contratar Borré.
O colombiano tem contrato com o River Plate até o meio do ano. Se quisesse contar com o jogador agora, o Palmeiras teria de pagar uma quantia ao clube argentino para a liberação antecipada. Caso contrário, ele só chegaria em julho. (Globo Esporte)