O que faltou ao Palmeiras de 2021 sobrou no Palmeiras de 2022. Depois da frustração na edição passada, o time de Abel Ferreira fez a lição de casa e já escreveu um importante capítulo da sua história com a classificação para a final do Mundial de Clubes da Fifa. A análise é de Felipe Zito para o GE. Confira:
A vitória por 2 a 0 contra o Al Ahly, nesta terça-feira, no estádio Al Nahyan, foi como era de se esperar. Contra um adversário bem armado, muito tático e intenso na marcação, o Verdão pregou respeito para não ser surpreendido. Mas surpreendeu quem esperava a mesma apatia daquela disputa de terceiro lugar de 2021.
A inspiração que não existiu no ano passado apareceu com Dudu e Raphael Veiga. A dupla mostrou que a qualidade técnica ainda é um ponto de distância entre Palmeiras e Al Ahly.
Abel manteve a sua equipe com concentração para não perder a calma diante de um adversário bem fechado. Não houve demonstração de nervosismo pela ausência de chances efetivas no meio de campo. Teve insistência até o primeiro gol, com passe de Dudu e finalização de Veiga.
Na segunda etapa, contra um adversário mais aberto, os palmeirenses precisaram de sete minutos para provar sua força. Lindo toque de Raphael Veiga, arrancada de Dudu e boa finalização para o placar ficar em 2 a 0.
Com um jogo quase perfeito de Luan e Gómez, e a regularidade em alto nível de Danilo na marcação e também na construção, o Verdão controlou qualquer investida egípcia. Nem a falha feia de Weverton em um chute de longa distância atrapalhou o roteiro escrito pela comissão técnica – o VAR anulou a jogada corretamente.
Nos braços da torcida, que foi grande maioria nas arquibancadas e transformou o Al Nahyan na casa palmeirense em Abu Dhabi, o time de Abel Ferreira parte para o último degrau de competição. Um prêmio que o clube merecia viver depois de um grande processo de reconstrução.
O próximo rival será Chelsea ou Al Hilal. A expectativa é para um confronto entre brasileiros e ingleses, campeões da América e da Europa. A história do Palmeiras já está escrita e é muito positiva. Mas há sempre espaço para sonhar por mais. (Felipe Zito/GE)