A parte financeira ainda é o grande impasse no negócio entre Palmeiras e América-MG por Ademir. Como o atacante de 26 anos tem contrato com o Coelho só até dezembro, o Verdão não planeja mudar sua oferta. Diante disso, o time mineiro já não descarta manter o jogador até o fim do contrato, em dezembro, mesmo que sob o risco de perdê-lo de graça no início de 2022.

A oferta palmeirense é de cerca de R$ 3 milhões. A avaliação da diretoria americana é de que com este valor não será possível buscar uma reposição à altura, já que Ademir é um dos principais nomes do elenco comandado por Lisca. Do outro lado, o Verdão mantém contatos, mas não se mostra disposto a pagar mais.

O Palmeiras cogita esperar o jogador poder assinar um pré-contrato, a partir de julho, e segue com a postura de não aumentar a oferta justamente por isso. Desta forma, o acerto seria direto com o atacante, sem precisar ressarcir o América-MG.

Há, ainda, os temores pela repercussão da pandemia do novo coronavírus nas finanças de 2021. O Verdão considera que este ano será novamente muito impactado pela queda de receitas, como aconteceu em 2020, quando fechou com um déficit de R$ 151 milhões.

A avaliação é de as premiações por títulos conquistados que vão servir apenas para amenizar o que não entra com bilheteria e a queda do Avanti, o plano de sócio-torcedor, por exemplo.

O América-MG sabe que Ademir deseja sair, mas o reintegrou ao elenco enquanto não há uma definição – ele, inclusive, foi escalado contra o Atlético-MG, no domingo. Diante da atual oferta, o presidente Alencar da Silveira Júnior gostaria que o jogador ficasse até o fim do vínculo, independentemente de se acertar com outra equipe nos seis meses finais do acordo. A possibilidade de renovar é improvável neste momento.

A única proposta formalizada é do Palmeiras, embora outros dois times tenham feito consultas pelo jogador. O Verdão foi em busca de Ademir, pois deseja um ponta canhoto – os outros velocistas do elenco são destros. (Globo Esporte)