O Palmeiras viveu nova decepção no Mundial de Clubes nesta quinta-feira. Depois de ser derrotado nas semifinais pelo Tigres, do México, o time brasileiro empatou por 0 a 0 no tempo normal e perdeu nos pênaltis por 3 a 2 para o Al Ahly, do Egito, na disputa do terceiro lugar em Doha – com isso, virou o primeiro brasileiro (e também sul-americano) a terminar o torneio da Fifa em quarto.
De quebra, o Verdão deixa o Catar sem ter feito um gol sequer com a bola rolando. O campeão mundial sairá do duelo entre o Bayern de Munique, da Alemanha, e o Tigres, ainda nesta quinta.
Os pênaltis
Rony e Luiz Adriano erraram as duas primeiras cobranças do Palmeiras. Gustavo Scarpa e Gustavo Gómez acertaram as batidas seguintes. Como os egípcios também erraram duas, os dois clubes foram para os chutes finais empatados por 2 a 2. E aí Ajayi fez para o Al Ahly, enquanto Felipe Melo desperdiçou para o Palmeiras.
Nem o prêmio de consolação
O Palmeiras é o primeiro sul-americano a não conseguir sequer o terceiro lugar no Mundial. Com brasileiros, a disputa havia acontecido duas vezes: em 2010, o Inter ficou com o prêmio de consolação ao bater o Seongnam, da Coreia do Sul, por 4 a 2. Três anos depois, o Atlético-MG fez 3 a 2 no Guangzhou Evergrande, da China.
E agora?
O Palmeiras viaja ao Brasil nesta sexta-feira. E não terá tempo para descansar. No domingo, às 18h15, o Verdão recebe o Fortaleza pelo Campeonato Brasileiro – o Verdão é o sétimo colocado, com 53 pontos. Nos dias 28 de fevereiro e 7 de março, o Palmeiras ainda decide a Copa do Brasil contra o Grêmio.
Mudanças
Abel Ferreira mandou o Palmeiras a campo com uma equipe diferente daquela que foi derrotada pelo Tigres nas semifinais. Entraram Mayke, Felipe Melo, Patrick de Paula e Willian. Saíram Marcos Rocha, Danilo, Gabriel Menino e Zé Rafael.
Primeiro tempo
O Palmeiras começou o jogo de forma burocrática, sem intensidade, sem força ofensiva. Até tentou se posicionar no campo de ataque, mas caiu com facilidade na marcação adversária e deu espaços para saídas rápidas do Al Ahly. Os egípcios, sentindo que o jogo era confortável, começaram a avançar em campo e trocar passes mais perto do gol. Aos 25, Felipe Melo perdeu a bola na frente da área, e El Soleya desperdiçou a chance – chutou cruzado, para fora. Bwalya, aos 30, conseguiu girar para o gol entre os zagueiros do Palmeiras, mas pegou mal na bola. A resposta veio com Rony, em rebote de escanteio. O chute forte, da entrada da área, passou perto.
O lance acordou um pouco o Verdão, e o jogo ficou mais equilibrado. Afsha quase marcou para o Al Ahly ao receber às costas da zaga, mas Rony, de novo, reagiu: só não fez porque El Shenawi se espichou e espalmou o cabeceio do atacante. O goleiro voltaria a trabalhar logo depois, em toque de cabeça de Luiz Adriano.
Segundo tempo
Um Palmeiras mais ligado deu as caras na volta do intervalo. O time retornou a campo agressivo e começou a pressionar o oponente. Aos cinco minutos, Willian abriu para Rony, que bateu cruzado – a zaga afastou. Pouco depois, Patrick de Paula cabeceou para fora. Mas, pouco a pouco, o ritmo voltou a cair, e o Al Ahly se livrou do sufoco. Aos 21, a casa palmeirense quase caiu: Weverton fez uma defesaça em conclusão de El Soleya. Ajayi, no rebote, até fez o gol, mas estava impedido – o lance foi anulado.
Apesar das dificuldades, Abel Ferreira só foi mexer nas peças aos 35 minutos: entraram Gustavo Scarpa, Gabriel Menino e Danilo, saíram Willian, Raphael Veiga e Patrick de Paula. Mas as mudanças não tiveram grande impacto, e a definição do terceiro lugar foi para os pênaltis.
Abel destaca privilégio de disputar Mundial
Ao final do jogo, o técnico Abel, do Palmeiras avaliou: “O que eu levo daqui é um orgulho tremendo dessa equipe. Cheguei para substituir um treinador onde muitas duvidas existiam. Ganhamos o direito de disputar o Mundial, vamos disputar de novo daqui a dois anos por direito próprio, ganhamos a Libertadores, temos a Copa do Brasil e a Recopa. É o privilégio de estar entre os quatro melhores do mundo, fomos os quarto, temos que aceitar”, diz o treinador do Palmeiras. (Globo Esporte)