Não, palavras são sentimentos, palavras têm poder.
Em poucas sílabas, elas podem nos levar do céu ao inferno.
Palavras não são simples sinais gráficos, que se unem, desconexos; elas têm vida.
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– Mãe, por mais um pouco e DEUS te faria eterna!
Podem alegrar ou iludir, entristecer ou iluminar.
Palavras encantam, palavras desencantam.
E elas são a vida do escritor. Ele vive delas, e para elas. Desde quando acorda, e em seu pensamento começa a coordená-las, até quando adormece, tentando gravar cada uma delas.
Quando um Escritor se apaixona pela Palavra, deixa de ser mais um pedante consumido pela auto-devoção, como definiu Bukosvki, para se tornar eternamente escravo desse amor.
E nessa paixão, o autor simplesmente as deixa fluirem, sem içá-las lá do fundo, com dificuldade, pq elas, as palavras, irrompem como um jorro de vômito, desenfreado, em busca da liberdade.
As palavras têm o poder de identificar seu autor, quase como se fossem impressões digitais.
A convivência no universo das palavras possibilita a identificação de temperamentos, estilos, e, de repente, começamos a reconhecer quem escreveu, em que momento, e o que estava sentindo.
Portanto, cuidado com as palavras. Além de encantar e desencantar, elas desnudam sua alma, e a sua vida.
*DULCE LÁBIO é comerciante, Assessora Free Lancer e atuou na imprensa em Mato Grosso.
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