Uma criança de 1 anos e 8 meses, morreu asfixiado durante a madrugada de segunda-feira, 20 de junho. O caso foi registrado no bairro Primavera III, em Primavera do Leste (234 km de Cuiabá). Os militares foram acionados pela equipe médica da Unidade de Pronto Atendimento, após a criança chegar sem vida na unidade de saúde. O suspeito de cometer o crime é o pai da criança, autuado em flagrante.

Os pais foram conduzidos pela Polícia Militar à delegacia para prestar esclarecimentos. Diante dos fatos, a equipe da Delegacia de Delitos Gerais e Divisão de Homicídios de Primavera do Leste iniciou os trabalhos para apuração dos fatos, indo até à residência do casal.

Durante a conversa com o pai do menino, o suspeito apresentou a versão dizendo que por volta das 03h30 deu mamadeira para o filho e em seguida o colocou em um berço improvisado ao lado da cama do casal. Ele então cobriu a criança e deixou seu aparelho celular carregando em uma tomada ao lado do berço.

Quando o casal acordou cedo para levar o menino para creche, perceberam que o filho havia enrolado o carregador do celular no pescoço, momento em que o suspeito teria desenrolado o fio, e verificado que a boca da criança estava roxa, sem respiração e sem pulso, e começou o processo de reanimação do filho.

Segundo o delegado Allan Vitor de Souza Mata, a equipe da Politec foi acionada e fez que fez uma análise preliminar do corpo da vítima, onde foi constatando haver sinais de lesão na parte interna dos lábios, demonstrando que alguém teria feito força para tapar a boca da criança. No exame de necropsia foi constatado que a vítima apresentava sinais de asfixia por obstrução das vias aéreas e lesões na parte interna da cabeça e hemorragia no cérebro, que podem ter sido provocadas por instrumento contundente ou movimentação retida drasticamente da cabeça da vítima.

“Os vestígios encontrados derrubaram a versão apresentada pelo suspeito. Sendo assim realizada a sua prisão em flagrante pelo crime de homicídio qualificado” disse o delegado.

A mãe da criança também foi ouvida e disse que não percebeu nada, mas relatou ter visto o marido na sala, alimentando a criança durante a madrugada e ainda o momento em que ele colocou o filho no berço e deitou para dormir.

A Polícia Civil continua com as investigações.

*Com informações da Assessoria