Em uma floresta na Polônia, pai e filho encontraram 17 moedas históricas raras dos séculos 16 e 17 no valor de R$ 690 mil, ou mais de 120 mil dólares. Quando descobriram o tesouro, os dois participavam de uma exploração organizada pela Associação Histórica e de Pesquisa de Triglav, junto da Associação Polonesa de Caçadores de Tesouros “Husaria”.
“Sabíamos que eram moedas de prata e que seu valor poderia ser alto, mas quando começamos a olhar para elas, nós mesmos esfregamos os olhos de espanto. É simplesmente inacreditável”, disse Piotr Duda, arqueólogo da Associação Histórica e de Pesquisa de Triglav, ao portal polonês Nauka w Polsce.
Inicialmente, o grupo de detectores de metais procurava vestígios de uma estrada romana na área, até que Sławomir e seu filho, Szymon Milewski, detectaram as moedas raras. Depois disso, os caçadores logo perceberam a relevância histórica do achado.
“Primeiro houve um grande alvoroço, porque todos os que participavam da busca — éramos uma dúzia — correram ao chamado dos descobridores”, contou Mateusz Sygacz, da Associação de Caçadores de Tesouros da Polônia, ao portal All That’s Interesting. “Todos percebemos que havíamos descoberto algo incrível”.
A coleção inclui moedas de prata do tipo táler e patacão, populares na Europa na época. O táler surgiu nas regiões de língua alemã e foi usado por mais de 400 anos no continente, dando origem ao nome “dólar”. Já o patacão é originário dos Países Baixos Espanhóis (atual Bélgica, Luxemburgo e partes dos Países Baixos).
Um dos destaques é um táler de 1630 que traz o rosto de Sigismundo III Vasa, ex-rei da Polônia e da Suécia, com as iniciais do cunhador da época, o que indica a variedade rara do objeto. Em 2023, uma moeda idêntica a essa, mas em condição pior, foi vendida em leilão por mais de 86.000 zlotys (ou R$121 mil). Outro achado raro é um táler de 1623, fabricado por apenas dois anos.
Além disso, várias das moedas encontradas por pai e filho foram feitas durante a Guerra dos Trinta Anos (1618–1648) — período marcado por conflitos que afetaram profundamente a Europa.
Os descobridores levantam hipóteses sobre como essas moedas pararam na vila de Pomiechówek, na região de Mazóvia. “Suspeitamos que algum soldado tenha perdido seu pagamento”, sugeriu Sygacz. “Outra possibilidade é que o tesouro tenha sido enterrado por um comerciante para protegê-lo de ladrões — sabemos de descobertas semelhantes de outros depósitos escondidos por mercadores antes de entrarem nas hospedarias.”
Após o achado, os caçadores de relíquias entregaram a coleção ao conservador local de monumentos, e há planos de exibir as moedas em um museu, segundo a revista Smithsonian.
(Redação Galileu)