Pacientes com Covid-19 internados no Hospital São Judas Tadeu relataram em depoimentos à delegada Luciani Barros Pereira de Lima, da 2ª Delegacia de Polícia, que os aparelhos de oxigênio eram desligados enquanto eles dormiam.

De acordo com a autoridade policial, além do desligamento do aparelho, os pacientes se queixaram que os funcionários do hospital também demoravam para fazer a troca da bala de oxigênio.

Devido ao comprometimento do pulmão, alguns pacientes com Covid-19 necessitam de aparelho de oxigênio para auxiliar na respiração. Geralmente, o objeto fica acoplado próximo à maca. Com isso, a pessoa enferma não consegue se movimentar em longa distância.

Caso queira se mover, como ir ao banheiro, o paciente tem pedir auxílio aos funcionários para carregar a bala do oxigênio. Porém, de acordo com os depoimentos, os profissionais estavam demorando para atender aos chamados dos enfermos.

“Há relatos de pacientes informando que eles (os profissionais de saúde) demoravam para trocar as balas de oxigênio que haviam acabado. Além disso, eles também (os pacientes) reclamavam que quando acordavam estavam com o oxigênio desligado”, relatou Luciani.

Doses de mofina

A Polícia Civil investiga também se os pacientes receberam alta dosagem de morfina ao serem intubados. Além disso, há a possibilidade de os enfermos terem sido amarrados.

“Também estamos investigando essa denúncia. No entanto, ainda é muito cedo ainda para chegarmos a uma conclusão”, explicou a autoridade policial.

A denúncia

No dia 5 de abril, Amanda Belmondes Benício foi à 2ª Delegacia da Polícia Civil denunciar que pacientes com Covid-19 estavam sendo mal tratados no hospital. A denunciante afirmou ainda que a unidade de saúde foi a responsável pela morte do major da Policia Militar Thiago Martins de Souza, ocorrida no domingo (4) em decorrência do coronavírus.