A Ouvidoria do Ministério Público do Estado de Mato Grosso passou a contar com canais específicos para atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar contra a mulher. Além do número 127, que funciona das 8h às 18h, existem dois celulares com whatsapp disponíveis ( (65) 99259-0913 e 99269-8113). O contato também pode ser efetivado por e-mail (ouvidoriadasmulheres@mpmt.mp.
Nesta quarta-feira (16), integrantes da Ouvidoria, recepcionistas, servidores do Departamento de Comunicação e do Centro de Apoio Operacional Estudos sobre Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher participaram de uma capacitação sobre “Humanização do atendimento às vítimas de violência de gênero”. A Ouvidora-geral do MPMT, procuradora de Justiça Rosana Marra, participou dos trabalhos.
O papel do Ministério Público no combate à violência doméstica, Lei Maria da Penha, razões, formas e o ciclo da violência, além de conceitos sobre gênero foram alguns dos temas abordados pela coordenadora do CAO, promotora de Justiça Gileade Pereira Souza Maia. A palestrante também detalhou as providências que devem ser adotadas diante do relato da violência doméstica.
Acolhimento, verificação de segurança da vítima, escuta ativa, coleta de dados e encaminhamento serão as etapas a serem seguidas pelas atendentes. “É preciso ouvir atentamente a vítima, sem julgamentos, entendendo que a história é da vítima e não sua. Além da escuta ativa, é necessário estar atento às necessidades urgentes para encaminhamento aos órgãos que prestam esse atendimento”, orientou a promotora de Justiça.
A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, promotora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela abordou aspectos relacionados aos serviços disponibilizados pela rede de atendimento à vítima. “A rede é um sistema formado por vários entes que trabalham de forma autônoma, mas interligados. O Ministério Público faz parte dessa rede de enfrentamento”, explicou.
Ela alertou às atendentes que orientem as vítimas a realizarem o boletim de ocorrência. Explicou como funciona o fluxo de atendimento, os programas existentes no município de Cuiabá e as possibilidades de se requerer medida protetiva. “As portas do Ministério Público têm que estar sempre abertas às vítimas e também para as instituições que integram a rede de atendimento”, enfatizou.