O ex-deputado estadual e candidato, novamente, a uma cadeira na Assembleia Legislativa, Oscar Bezerra, se revoltou com seu partido, o Progressistas (PP), por impor a todos os filiados que apoiem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão é de Neri Geller (PP), que se uniu à chapa petista em busca de apoio para a própria eleição ao Senado.

Oscar Bezerra gravou um vídeo indignado, disse que não aceita a imposição e que defende a eleição de Bolsonaro. Ele ainda não definiu se desistirá da candidatura a deputado ou não.

“Infelizmente, a direção do meu partido decidiu caminhar com Lula para presidente. Eu já vim caracterizado aqui como ‘Bolsonaro presidente”. Já avisei à equipe do Neri Geller que, se for exigência por parte do partido que caminhe com Lula, pode riscar meu nome, que prefiro não ser candidato a ter que apoiar um candidato ‘na marra’”, disse.

Bezerra pede que sua decisão seja respeitada, assim como respeita os eleitores de Lula. Ele ainda avisou que não terá qualquer menção a Lula em seu material de campanha.

“Eu só fui para o PP por conta de que o Ciro Nogueira foi o chefe da Casa Civil de Bolsonaro. Estou aqui hoje, meu nome vai pra convenção, porém não aceito a possibilidade de ter Lula no meu material”.

A decisão de Geller de se unir ao projeto petista revoltou grande parte de seus aliados e filiados do PP, que se recusam a apoiar Lula e querem a reeleição de Bolsonaro. A aliança, inclusive, foi o pontapé inicial para que ele fosse “expulso” do palanque do governador Mauro Mendes (União), de quem buscou apoio por meses.

Inclusive, até poucas semanas atrás, Neri batia na tecla de que seu partido era um dos pilares do governo de Jair Bolsonaro e defendia a reeleição do presidente, desde que o apoiasse. No entanto, “virou a casaca” e agora defende Lula.

Fonte: G1 MT