Os anos 1990 marcaram uma mudança na maneira de o Brasil encarar a Copa Libertadores. Não que tenha por descaso ou menosprezo ao torneio internacional o jejum de nove anos, entre o Grêmio de 1983 e o São Paulo de 1992, nem é justo dizer que o país ganhou só cinco troféus nos primeiros trinta anos de história da competição.

Mas que a ambição aumentou depois do título de 1992, do São Paulo, é quase indiscutível. Depois de Telê Santana, bi com o Tricolor, o técnico candidato natural a ganhar a Libertadores era Vanderlei Luxemburgo. Porque foi o eleito pela Parmalat para dirigir o projeto mais ambicioso do país e porque já tinha demonstrado competência no Bragantino, no Flamengo, no Guarani e na Ponte Preta, antes de desembarcar no Parque Antarctica.

O Palmeiras foi eliminado pelo São Paulo nas oitavas de 1994, e Luxemburgo se foi para o Flamengo, talvez porque o julgamento de que ele seria o próximo campeão não fosse tão relevante quanto ganhar os títulos nacionais que colecionou. É o treinador recordista de campeonatos paulistas e de brasileiros.

Mas Libertadores…

Depois de ser o candidato a campeão depois de Telê, Luxemburgo não venceu o torneio continental. Felipão, duas vezes, Autuori duas vezes, Antônio Lopes, Abel Braga, Celso Roth, Muricy Ramalho, Tite, Cuca, Renato Gaúcho e Jorge Jesus conquistaram o torneio por clubes brasileiros.

“A Taça Libertadores obsessão…” é canto da torcida do Palmeiras, não de Luxemburgo. Mas que ele quer, quer. A trajetória começa nesta quarta-feira (4), contra o Tigre, em Victoria, província de Buenos Aires. (PVC/ Globo Esporte)