Abel Ferreira decidiu guardar para si a tristeza de ter perdido a final do Mundial de Clubes para o Chelsea, neste sábado (12), por 2 a 1. Durante a entrevista coletiva, o treinador afirmou que obrigará que seus jogadores comemorem a segunda colocação na competição.
“Vou guardar para mim o que está doendo. Vou proibir os meus jogadores de não celebrar esse segundo lugar. Ai deles se não chegarem no hotel e não tomarem uma cerveja, celebrar no avião. Se não fizerem siso, vão se ver comigo”, disse Abel.
Sobre a partida, Abel elogiou o desempenho do Palmeiras, mas lamentou as chances perdidas. “Fizemos um jogo coletivo, é assim que vejo futebol, a nossa equipe, e os destaques individuais surgem assim, como foi com Danilo, com Dudu. Parabéns ao Chelsea, mas não posso não valorizar o que fizemos aqui, o nosso trabalho. Mais uma vez, muito orgulho dos nossos jogadores. (…) Dentro do nosso jogo, fomos extremamente competentes. Poderíamos ter tido mais calma em alguns lances, mas é aprender com nossos erros e seguir em frente”.
O jogo ficou marcado por duas intervenções cruciais do VAR. A tecnologia ajudou o árbitro a ver a mão na bola de Thiago Silva na área do Chelsea e a de Luan na área do Palmeiras. Os pênaltis foram convertidos por Raphael Veiga, para o time alviverde, e Havertz, pelos ingleses. “Em relação aos pênaltis, foram claros para nós e para eles. Temos que aceitar o que aconteceu. Quando se cumprem as regras e marcam o que se viu, temos que aceitar e seguir em frente. Não tem outra forma de lidar com isso”, completou Abel.
O Palmeiras agora tenta recolher os cacos da derrota na final do Mundial de Clubes para seguir a disputa do Paulistão. Na quarta-feira (16), a equipe de Abel Ferreira vai a Araraquara enfrentar a Ferroviária.
Veja a entrevista
Confira outras declarações do técnico Abel Ferreira:
Por que deram a bola para o Chelsea?
Vocês têm que perguntar por que o Chelsea deu a bola ao City na final da Liga dos Campeões. Se pudesse, ficaria com a bola para sempre. Ninguém quer dar a bola, mas não jogamos sozinhos. Sabe quantos ingleses iniciaram a partida? Quantos brasileiros jogaram na minha equipe? Vou deixar para vocês pensarem isso. O trabalho que nós fizemos, e lamento que as pessoas às vezes não entendam que não estamos no mesmo plano… se pudesse, a bola ficaria sempre comigo, mas não jogamos sozinhos.
O que achou do comportamento da torcida?
Brutal, fantástico o que fizeram. Estamos a 15 horas de viagem [do Brasil] e ver o estádio cheio… para aqueles que não conhecem a torcida do Palmeiras e o clube, acho que ficou bem evidente a grandeza do nosso clube. Nós como eles queríamos ganhar e partilhar com ele essa felicidade. Infelizmente enfrentamos um adversário muito competente e que foi feliz. Não vi o Weverton fazendo nenhuma defesa. (Uol)