A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concluiu, nesta segunda-feira (6), a análise dos casos do mal da vaca louca em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e Belo Horizonte, como ‘atípicos’. Com isso, a instituição afirma que os casos não representam risco para a cadeia de produção bovina do país.
Desde a notificação suspeita dos casos, no sábado (4), a China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, suspendeu temporariamente as exportações de carne bovina.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a China segue como principal destino da carne brasileira. No mês de julho, o volume total de exportação foi de 91.144 toneladas, com crescimento de 11,2%.
O Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo) informou que, com a conclusão dos casos como ‘atípicos’, o Brasil está apto para exportar. No entanto, a decisão de retomada é da China.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disse que o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos.
“Os informes foram apresentados pelo Serviço Veterinário Oficial do Brasil. Os casos ocorreram de forma independente e isolada e foram confirmados pelo laboratório de referência internacional da OIE, localizado no Canadá”, diz.
Confirmado um caso do “mal da vaca louca” em Nova Canaã do Norte
Os dois casos confirmados no sábado foram detectados em vacas de descarte que apresentavam idade avançada.
Segundo o Mapa, a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados.