Uma operação deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (27) cumpre 40 mandados de prisão, de busca e apreensão e bloqueio de bens de integrantes de uma organização criminosa investigada por tráfico e associação para o tráfico de drogas em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. A ação, nomeada de ‘Teia de aranha’, tem como alvo o núcleo financeiro da organização que ramificou o dinheiro do tráfico em dezenas de contas bancárias para dificultar a localização de ativos ilícitos.

De acordo com a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis (Derf), são cumpridos nove mandados de prisão preventiva, 20 mandados de busca e apreensão domiciliar e 11 ordens de bloqueio de ativos, em Rondonópolis e em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

O inquérito policial apurou que em abril do ano passado, um homem, conhecido como “colega ou máximo”, foi preso em flagrante com cocaína e R$ 6,5 mil em espécie, além de objetos destinados ao embalo e separação de drogas. A investigação resultou em uma ação penal em tramitação na 5ª Vara Criminal do município.

A delegacia apurou que ele era o responsável pelo controle do tráfico de drogas em, aproximadamente, sete bairros de Rondonópolis, em especial na região do Jardim Tropical. Ele fazia a distribuição de drogas e recolhimento do lucro do tráfico.

Polícia Civil apreendeu arma usada pelo grupo criminoso — Foto: Polícia Civil

Ao longo das investigações, surgiram indícios de envolvimento do alvo e de outras pessoas no tráfico de drogas e associação para o tráfico, comprovados, inclusive, por relatórios de movimentação financeira. Foi instaurado pela Derf um inquérito complementar para apuração dos fatos novos e com compartilhamento de provas autorizado pela 5ª Vara Criminal, a equipe da unidade especializada apurou dados, a partir da extração de conversas de celulares, que chegaram a outros integrantes da organização criminosa.

Segundo a polícia, foi identificado um segundo traficante, responsável pelo fornecimento de drogas para ao “colega”, que tem revendedores e auxiliares para a venda de entorpecentes, todos alvos da operação. Durante a investigação, a Derf também reuniu indícios da participação de outras 16 pessoas nos crimes apurados.

Um dos alvos da operação e identificado como o principal fornecedor de drogas ao grupo criminoso foi preso em 2019 na Operação Redtus, também da Derf de Rondonópolis, quando foram presos 70 integrantes da organização criminosa envolvidos no tráfico de drogas na cidade.

Celulares, dinheiro e armas foram apreendidos na operação — Foto: Polícia Civil

O indiciado da Operação Redtus ficou foragido durante esse período e assumiu uma nova identidade com uso de documentos falsos, inclusive, abriu empresas no ramo de transporte para movimentar o dinheiro do tráfico.

As ordens foram decretadas pela 5ª Vara Criminal de Rondonópolis. A operação conta com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado e Delegacia de Repressão a Entorpecente.

Operação

O nome da operação, Teria de Aranha, remete à ramificação e fluxo financeiro entre os alvos investigados, que utilizaram diversas contas bancárias para movimentar o dinheiro do tráfico e dificultar a localização de ativos ilícitos.

(G1MT)