Uma operação conjunta entre as polícias Militar e Rodoviária Federal terminou, na madrugada deste domingo, com a morte de 25 suspeitos de estarem planejando assaltos a banco na cidade de Varginha (MG). Não há registro de policiais mortos ou feridos. A quadrilha planejava um roubo de R$ 65 milhões em cédulas armazenadas em um centro de distribuição de valores do Banco do Brasil, segundo a Revista IstoÉ.

A informação foi confirmada pelo UOL. É o mesmo tipo de alvo da ação em Araçatuba (SP), quando uma quadrilha planejou um assalto de R$ 90 milhões em um roubo fracassado na madrugada de 30 de agosto.

A operação foi a maior que a realizada em Mato Grosso há três meses, quando nove bandidos foram mortos em confronto contra policiais do Bope, PM, Força Tática e outras forças do Estado.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, na operação em Varginha houve confrontos em duas chácaras. Na primeira abordagem, foram mortos 18 suspeitos e apreendidos dez fuzis, munições, granadas e dez veículos roubados.

Na segunda ação, a polícia relatou que houve intensa troca de tiros, e sete suspeitos foram mortos, com três armas recuperadas, além de explosivos. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que está se deslocando para a cidade para fazer a perícia e dar suporte à investigação do caso.

O tenente-coronel Flávio Santiago, do setor de comunicação da PM de Minas Gerais, disse que a intenção era prender os dois grupos de criminosos, mas houve reação. Como, segundo Santiago, os policiais ocupavam uma posição privilegiada, nenhum deles ficou ferido.

Os corpos foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) em Belo Horizonte, onde passarão necropsia e serão identificados, informou a Polícia Civil de Minas Gerais.

Maior operação contra o ‘novo cangaço’, diz PM Em uma postagem em redes sociais, a porta-voz da PM de Minas Gerais, capitão Layla Brunella, classificou a operação como “provavelmente a maior” já realizada contra o chamado “novo cangaço”: “Muito provavelmente é a maior operação contra o ‘novo cangaço’ feita no país.

Os infratores provavelmente fariam um roubo na data de amanhã, ou hoje, e foram surpreendidos pelo nosso serviço de inteligência integrado à Polícia Rodoviária Federal”.

A porta-voz mostrou em vídeo parte dos armamentos apreendidos. Nas imagens, é possível ver pistolas, fuzis e carregadores. Também há uma série de coletes, galões de combustível, e artefatos conhecidos como miguelitos, usados para furar pneus.

Layla defendeu a ação da polícia como “pautada na legalidade”: “Não vamos comemorar nenhuma morte, mas sim uma ação precisa de um trabalho conjunto com a inteligência da PRF.

Ações como essa sempre serão pautadas na legalidade. A gente só fez aqui responder à altura o risco que os policiais sofreram”. Está prevista ainda para este domingo uma entrevista coletiva em que serão passados mais detalhes a respeito da operação.  (UOL)