E nas madrugadas, quando a alma se agita e busca  na quietude,  a calma para a sua angústia,  percebe o abismo que a separa do sonho e da realidade…

E à esmo, procura a tal felicidade por onde andou, por onde anda… estará ela onde andará?

Nas antigas lembranças buscou,  revolveu memórias,  e estas estavam lá,  tão longe, tão puras, todavia tão irreais; esqueletos dos versos não ditos,  das coisas não feitas.

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E os olhos de ontem olham o hoje que restou, os olhos da alma que se contorce sedenta da tal felicidade…em sua busca, clama, mas seu lamento não é ouvido, e tudo vai ficando novamente distante,  longe…

A tal felicidade  não está no passado, o passado hoje é presente. Intrinsicamente ligados, mas o presente não perdoa o tempo desprezado, tampouco as lágrimas que se perderam.

E a alma salta dos trilhos, em fuga,  e na escuridão tenta encontrar o caminho, se encolhendo na solidão do passado e do presente, perdida na dimensão do espaço, se encolhendo no medo do futuro…medo,  porque o futuro não há,  só fantasia…

E a tal felicidade, onde?

*DULCE LÁBIO  é comerciante,  Assessora Free Lancer e atuou na imprensa em Mato Grosso.

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