POR: SUZIANE CAVALCANTE 

Deus em sua artesania, apertando a mão do horizonte que, o cume dos montes, acaricia…
Fazendo um novo penteado nos cabelos alongados da vida!

Vi que as ruas andam cansadas, com suas pernas interminadas, esquinadas… Correndo para o nada, em pressa infinita!
Sem perceber o que está perto, e ver Deus artesanando o belo na grandeloquência de estar submerso no Universo de coisas pequeninas!

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Sentindo o hino que passa no mover de quem aprecia a graça de libertar-se das massas, nas ilusões, adormecidas!

Dá pena de quem só tem as penas para cobrir sua alma pequena, para dar volume às pobres cenas de sua vida!
Nobres são os lemas da pessoa que se cobre de açucena, e pode seguir plena, sem penas, mas florida!

É bom ler a graça da graça… O encontro de corações que se abraçam, vendo as rosas em tom rosa das praças, no som de serem lindas!

A rua precisa descansar… Vi a rua de frente pausar. Convidei-a para entrar e, em minha casa, ficar… E ver os caminhos das formigas!
Com ternura, convidei a minha rua para parar de morar na rua e nas avenidas!
Então, minh’alma notou que a rua deixou de ser apenas um corredor de idas e vindas…
A rua entrou nas casas e fez-se uma morada de caminhos calminhos que lê páginas de enredos que inspiram!

Foi assim, nesse ato de pausar, que minha rua aprendeu a caminhar… E nunca mais só passar, sem cumprimentar as formigas!

*SUZIANE CAVALCANTE  é escritora e Poeta brasileira, em Rondonópolis.

CONATO:              www.facebook.com/suziene.cavalcante