Até o início da década de 1980, a cidade de Pripyat (Ucrânia), foi o lar de quase 50 mil pessoas. Tinha tudo o que uma comunidade precisava para ter uma vida confortável. Mas, no dia 26 de abril de 1986, de repente, se tornou inabitável.

A usina nuclear de Chernobyl explodiu. Em menos de 48 horas, a cidade foi evacuada. E desde então, ninguém mora mais ali.

Leia Também:
– A ponte do VLT

– Omissão do VLT é crime doloso

– Equador prioriza o VLT

– O VLT e o MPF

– Texas prioriza o VLT
– VLT vai gerar 1.200 empregos

-Berlim, 200 km de VLT

Jean Pejo exalta o VLT

-VLT e a boa política

– VLT X Ônibus poluente

-VLT e a saúde

-VLT: MPF exige transparência

-Fecomercio e o VLT

-A CDL e o VLT

-O Rotary e o VLT

-Governador e a educação política

-Negligência da China e da OMS

-Mundo vulnerável

-Nos trilhos do Vale do Silício

-Nos trilhos da Califórnia

-Nos trilhos de Barcelona

-Caminhando em Sète
-Nos trilhos da Riviera Francesa

-Nos trilhos de Roma

-Pompeia

-VLT: contagem regressiva

-As tâmaras e o VLT

-Pivetta: entusiasta do VLT

-VLT: não há derrotados

-Mobilidade com ar condicionado

-Dinheiro certo para o VLT
-VLT: o sonho de dom Milton
-CDL Cuiabá quer VLT
-VLT impulsiona o turismo

-VLT: Grupo de Trabalho em Cuiabá

Muitos governantes não aprenderam com o desastre de Chernobyl, como o governador de Mato Grosso.

A verdadeira tragédia do nosso tempo ainda está se desdobrando no mundo todo, quase imperceptível, dia após dia.

Estou falando da destruição do meio ambiente. A forma como nós, humanos, vivemos na Terra agora está levando a biodiversidade a um declínio sem precedentes.

A natureza está enfraquecendo. Há evidências por toda a parte. Desmatamento, poluição nos rios e nas cidades, e a utilização intensa do automóvel e dos ônibus poluentes conspira contra qualquer iniciativa de racionalização de sistemas de transporte.

Em Mato Grosso, a falta de preocupação do Governo do Estado com a questão ambiental é evidente. Isso ficou claro nas queimadas no Pantanal mato-grossense.

Uma atrocidade que vem aumentando significativamente a cada ano.

São aproximadamente 200 mil quilômetros quadrados de floresta densa, hidrografia complexa e bastante umidade. Um bioma rico em biodiversidade de fauna e flora, reconhecido mundialmente, sendo destruído por falta de uma política de desenvolvimento sustentável para aquela região.

O governador de Mato Grosso também fez vistas grossas com relação ao VLT, transporte ecologicamente correto.

Com as cidades de Cuiabá e Várzea Grande já super povoadas, sem transporte limpo sobre trilhos, a contribuição do atual sistema de transporte de veículos movidos a combustível fóssil só faz aumentar a poluição do ar.

Poluição essa que gera uma morte silenciosa nas pessoas. O ar sujo desses veículos movidos a petróleo causa doenças gravíssimas como, asma, bronquite, câncer de pulmão e cardiovasculares.

O governador de Mato Grosso demonstra não só a falta de compromisso com a preservação do meio ambiente, mas desconhecimento total da eficiência do sistema do Veículo Leve sobre Trilhos

O governador de Mato Grosso demonstra não só a falta de compromisso com a preservação do meio ambiente, mas desconhecimento total da eficiência do sistema do Veículo Leve sobre Trilhos.

E quem está sofrendo, adoecendo e morrendo é a população que paga seus impostos e não recebe em troca serviços de qualidade.

O governador Chernobyl impõe uma política draconiana, dentro do seu perfil autoritário e inconsequente.

Sentado de boca calada e de braços cruzados em seu gabinete com ar refrigerado, ele debocha dos cuiabanos e várzea-grandenses com a paralisação do VLT. Para ele, não é prioridade sanar os graves problemas dos municípios do Estado, só a aparência é suficiente.

A maioria possui apenas 35% do esgoto tratado, péssima qualidade da água, córregos e rios poluídos, filas em hospitais, desemprego e miséria na periferia.

A riqueza circula nas mãos de poucos.

O mais importante para o governador Chernobyl é a política do toma lá dá cá, satisfazendo a vida de alguns em detrimento da sociedade.

Sua caneta pode comprar alguns políticos, mas não compra a dignidade do povo cuiabano.

Cada dia mais, a sociedade melhora sua consciência política e um dia há de não eleger mais esse tipo de gente.

 

*VICENTE VUOLO  é economista, cientista político e coordenador do Movimento Pró VLT Cuiabá-Várzea Grande.

CONTATO:            www.facebook.com/vicente.vuolo 

E-MAIL:                 VVUOLO@senado.leg.br