Ele ressaltou que, nos últimos anos, os mecanismos para distribuição de água e os serviços de saneamento básico têm recebido investimentos e que a concessão desse serviço para a iniciativa privada requer uma discussão mais aprofundada.
Jayme ainda destacou que teme que, com a privatização, os várzea-grandenses acabem pagando um preço alto na tarifa, como, conforme o senador, tem ocorrido em outras cidades do país onde a atividade passou a ser realizada por empresas.
“O assunto tem que ser muito bem debatido. Na medida em que Várzea Grande tem recebido muitos investimentos, sobre a possibilidade dessa privatização, ninguém é contra, desde que seja feita de forma transparente, de forma republicana, que venha não só melhorar a distribuição da água do município, como também promover mais investimentos, mas que também não penalize o cidadão consumidor. Tendo em vista que, em muitos municípios deste Brasil onde houve privatização, os preços, ou seja, a tarifa, ficaram bem acima daquilo que era o ideal”, destacou.
Jayme ressaltou que o cuidado é necessário para impedir que toda a estrutura do DAE seja vendida a preço de banana.
“O DAE de Várzea Grande vale muito dinheiro. Não vamos permitir, em hipótese alguma, que seja entregue a preço de banana. Queremos, com certeza, que a outorga seja paga e tenha um valor razoável. Esse recurso deve ser aplicado em favor da população. Estão pensando que a privatização de Várzea Grande será feita a preço de banana? Não vamos concordar com isso de forma alguma, porque conhecemos e sabemos quanto, mais ou menos, vale essa privatização”, disse.
Na última semana, Moretti solicitou a filiação do DAE à Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT). Com isso, os serviços do DAE passarão a ser fiscalizados por uma agência reguladora, um passo para a concessão dos serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto.
(Olhar Direto)