Criminosos invadiram e a cidade de Confresa, distante 1.162 quilômetros a nordeste de Cuiabá, nesse domingo (9), atacaram a base da Polícia Militar de Mato Grosso, e explodiram as paredes de uma empresa de transporte de valores do município. Moradores da cidade compartilharam nas redes sociais momentos de terror durante a ação dos criminosos.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, coronel PM César Augusto Roveri, após a ação, os criminosos fugiram e estão em áreas não habitáveis, fora de Confresa, e podem ter ido em direção ao município de Santa Terezinha, distante 117 quilômetros a nordeste de Confresa.
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Veja o que se sabe sobre o caso:
- Quando e onde os ataques ocorreram?
- Há vítimas?
- O que motivou os ataques?
- Alguém já foi preso?
- Qual foi a reação do governo estadual?
- Quais as consequências dos ataques para a população?
- O que falta esclarecer?
Quando e onde os ataques ocorreram?
Um grupo de criminosos armados com fuzis invadiu o quartel da Polícia Militar em Confresa, nesse domingo (9), rendeu policiais dentro da base militar e ateou fogo no prédio. A sede social de uma igreja e telhados de algumas casas também foram destruídos pelos explosivos.
O vídeo de uma câmera de segurança da base registrou o momento em que eles explodem um carro durante a invasão. Nas imagens é possível ver quando os suspeitos descem armados de um carro branco, espalham um produto inflamável ao redor do veículo e, em seguida, colocam fogo.
Após a invasão no quartel, os criminosos roubaram armamento para explodir uma empresa de transporte de valores do município. Outro vídeo mostra momentos após os criminosos terem explodido paredes da empresa especializada em segurança e transporte de dinheiro.
Os suspeitos ainda espalharam alguns artefatos pela cidade, mas foram desativados entre a noite desse domingo (9) e esta segunda-feira (10). Alguns veículos usados durante a invasão também foram encontrados abandonados em áreas indígenas.
Há vítimas?
Segundo a polícia, durante a ação, uma pessoa que passava pelo local foi baleada. Ela foi levada para o hospital do município e está fora de perigo.
O que motivou os ataques?
Segundo a Polícia Civil e a Polícia Militar, eles estariam envolvidos em um assalto a uma empresa de transporte de valores. A empresa informou que apesar da explosão, os bandidos não conseguiram levar o dinheiro.
Alguém já foi preso?
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT), mais de 15 criminosos participaram da ação. Até o momento, nenhum suspeito foi preso e as equipes policiais continuam nas buscas.
Qual foi a reação do governo estadual?
O governador Mauro Mendes (União Brasil) pediu apoio de outros estados para ajudar na operação de busca pela quadrilha. Mais de 100 policiais somente de Mato Grosso atuam na ação, além das equipes de reforço de todo o Centro-Oeste, segundo o secretário César Augusto Roveri.
César Augusto informou que os detalhes das buscas não serão divulgados para manter a segurança do caso.
“Todas as forças de segurança estão mobilizadas para atuar nesse caso gravíssimo na cidade de Confresa. A estratégia de fuga deles foi frustrada ontem, pois tivemos barreiras. Houve um confronto com a polícia e dois veículos deles foram destruídos. O governador já fez contato para que fechemos todas as nossas fronteiras. Estamos com uma força-tarefa de todo o Centro-Oeste”, disse.
Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) também embarcaram nesta segunda-feira (10) para Confresa em busca dos suspeitos.
Além disso, todas as divisas de Mato Grosso com Tocantins, Pará e Goiás foram fechadas.
Quais as consequências dos ataques para a população?
A rede de ensino em Confresa suspendeu as aulas nesta segunda-feira (10). A informação foi confirmada pela prefeitura.
Em Vila Rica, que fica a cerca de 105 km de Confresa, a Secretaria de Educação também informou que as aulas foram suspensas.
Confresa tem pouco mais de 30 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O que falta esclarecer?
A polícia procura pelos suspeitos, que até o momento, não foram presos. Segundo a secretaria, eles teriam utilizado o município de Santa Terezinha como rota de fuga. Ainda falta esclarecer se houve outras pessoas feridas durante a ação dos criminosos.