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O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu retirar o mandato dos deputados Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem, ambos do PL no Rio de Janeiro.

A decisão foi confirmada nesta quinta-feira (18), com coleta de assinaturas e por decisão da Mesa Diretora. A etapa oficial ainda depende de uma publicação no Diário Oficial da Câmara, que deve sair ainda hoje.

A coleta de assinaturas foi confirmada por parlamentares que fazem parte da Mesa Diretora. Os pedidos contaram com o mínimo de 4 assinaturas pelo fim do mandato dos parlamentares.

No caso de Eduardo Bolsonaro, o desligamento está atrelado ao número de faltas. A avaliação é de que o parlamentar ultrapassou o limite de ausências permitidos na Câmara, pelo tempo em que está nos Estados Unidos.

O parlamentar tirou uma licença do posto em março, mas junta ausências desde julho. Enquanto Ramagem foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 16 anos de prisão, por organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

Outra punição estipulada pela Corte foi o fim do mandato como parlamentar. O político chegou a apresentar pedido para manutenção do cargo, mas não foi atendido.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), confirmou ter recebido o aviso de Motta por uma ligação. O parlamentar criticou o desfecho por considerar ser uma decisão grave.

“É uma decisão política que retira do plenário o direito de deliberar e transforma a Mesa em instrumento de validação automática de pressões externas”.

(R 7 Notícias