O presidente da Associação dos Guerreiros de Aplicativos de Cuiabá, Kiko dos Guerreiros, disse ao HNT que os assassinatos dos três motoristas por aplicativo, cujos corpos foram encontrados em Várzea Grande, zerou um sentimento generalizado de pânico entre os profissionais. Segundo ele, os condutores se sentem “ameaçados” e não sabem se serão as próximas vítimas. Kiko liderou uma manifestação nesta terça-feira (16), em frente a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Márcio Rogério Carneiro, 34 anos, Elizeu Rosa Coelho, 58 anos, e Nilson Nogueira, de 42, desapareceram na última semana em Cuiabá. Os três saíram para trabalhar e não retornaram. Na noite de segunda-feira, os corpos de Elizeu e Márcio foram localizados no bairro Jardim Petrópolis, na região do Chapéu do Sol, e em um lixão próximo do Capão do Pequi, ambos em Várzea Grande. No entanto, Nilson ainda não foi encontrado.
“Nos sentimentos ameaçados, sem segurança. O governo federal quer taxar nosso trabalho, quer cobrar, mas não temos segurança. Estamos sem poder trabalhar, pois nossa vida está em risco e sem saber o que vamos fazer. Vamos pedir socorro para Deus em primeiro lugar e vamos ver se as autoridades podem estar ajudando, porque não tem como você trabalhar sendo ameaçado de morte”, declarou Kiko dos Guerreiros ao HiperNotícias.
Os motoristas seguem juntos ao Fórum de Cuiabá, onde haverá a audiência de custódia do suspeito de 20 anos. Outros dois adolescentes, de 15 e 17 anos, que confessaram o envolvimento no crime, aguardam os encaminhamentos burocráticos. Kiko falou à reportagem que o comboio de carros é escoltado por viaturas da Polícia Militar e Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob)
“O criminoso maior de idade está indo para o fórum e estamos indo pra lá, vamos ser escoltatados pela PM e a Semob. Estamos acompanhando esse caso de perto, pois eles são um de nós, são nossos companheiros que foram mortos, precisamos que as autoridades cumpram agora o seu papel”, disparou Kiko.
A Polícia Civil faz diligências para encontrar o corpo de Nilson Nogueira, de 42 anos, a terceira vítima dos criminosos.
“É um pai de família como qualquer um de nós, que sai para trabalhar de madrugada e não sabe se vai voltar. Igual eles que não conseguiram voltar”, lamentou Kiko.
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(HNT)