Steven Pinker pesquisador e escritor canadense afirma que, contrariando a percepção do senso comum, a violência vem diminuindo no mundo, principalmente após as ideias difundidas pelo iluminismo.

 

Com farta pesquisa ele mostra as barbaridades do mundo antigo e da idade média, não poupando nem a Bíblia dos judeus e cristãos, que classifica como uma enorme celebração da violência.

Conhecendo-a um pouco concordo com ele: no velho testamento, principalmente no Pentateuco, origem das 3 religiões monoteísta, encontramos instruções para matar homossexuais, autorização para vender a filha como escrava e a obrigação do próprio pai iniciar o apedrejamento do filho que decidir acreditar em outro deus, entre outras crueldades absurdas.

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O apedrejamento e a forca passaram a ser quase suaves diante da criatividade diabólica na construção de instrumentos de tortura
Na antiguidade as execuções por apedrejamento e crucificação eram comuns, como citam a história e livros religiosos. Esses processos além de tirar a vida dos “culpados” tinham o fim de impingir-lhes sofrimento extra, retardando a morte, principalmente na crucificação onde a agonia durava horas, às vezes o dia todo.

 

Entretanto foi na idade média que a crueldade humana atingiu sua perfeição. O apedrejamento e a forca passaram a ser quase suaves diante da criatividade diabólica na construção de instrumentos de tortura.

 

Museus da Europa guardam muitas dessas engenhocas lúgubres e explicam como eram usadas. Uma dessas consistia em uma barra onde as pessoas eram penduradas pelos calcanhares, com as pernas um pouco separadas e eram serradas lentamente, das nádegas para a cabeça até serem separadas em duas metades. Outra, chamada de Berço de Judas pendurava a vítima pela cintura por um cinto de ferro e a baixava em cima de uma cunha que ia penetrando pelo ânus ou vagina bem devagar, rasgando a pessoa de dentro para fora.

 

Mulheres eram queimadas lentamente em fogueiras, suspendendo o corpo a cada espaço de tempo prolongando ao máximo o sofrimento para delírio dos expectadores. Inventar uma máquina de tortura era um feito que enaltecia o seu criador. Havia uma disputa para ver quem conseguia criar o instrumento que impusesse o maior e mais prolongado martírio.

 

Essas torturas não eram executadas em masmorras escondidas, mas sim como um espetáculo de entretenimento para a população. O povo aglomerava-se nas praças para assistir ao suplício e aplaudia entusiasmado.

 

Os “pecados” mais sujeitos a tortura eram bruxaria, homossexualismo, blasfêmia, adultério e maledicência. O ímpeto religioso manifestava-se punindo, com atos horrorosos, os que não acreditavam em sua fé.

 

Comparado com os tempos bíblicos e a idade média nossa era é da mais eloquente benevolência. A pena de morte está quase abolida do mundo e onde ela existe procura-se o meio menos dolorido para executá-la. Não permitimos crueldade nem contra animais e os abatidos para consumo, são antes submetidos a uma insensibilização para evitar sofrimento. O povo que se divertia com as torturas humanas, emociona-se, hoje, com um animalzinho abandonado.

 

Somente alguns países islâmicos reproduzem ainda hoje o clima da idade média, açoitando mulheres em público e sacrificando hereges em nome do Deus criado à imagem e semelhança do homem. Esta deidade adrede inventada legitima e aprova as punições que já estavam decididas pelos fiéis sequiosos de sangue fresco.

 

*RENATO DE PAIVA PEREIRA   é empresário e escritor em Mato Grosso.

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