Em live realizada na noite desta quinta-feira (29.09), o candidato a deputado estadual Norberto Junior saiu em defesa dos produtores rurais que, muitas vezes são ‘taxados’ de grileiros ou criminosos ambientais. No entanto, é o agronegócio que alavanca a economia do país e só não é mais forte porque é preciso destravar o setor.

“Sou defensor do agro porque o agro carrega o Brasil nas costas tanto na parte econômica quanto na produção de alimentos, que ainda são exportados para outros países. O Brasil só não é mais forte ainda porque existe travamentos que a esquerda fez quando esteve no comando do país”, declarou Norberto Junior, ao ser entrevistado na live pelo jornalista Marcelo Marreta no programa Verdade Sem Limites.

Segundo ele, quando se fala de agronegócio, está se falando também do servidor público, da educação e de todos os investimentos que são feitos. Uma vez que é o setor que gera emprego, renda e que paga os maiores impostos que são revertidos à população. Além da tecnologia agregada no campo.

“Podemos produzir muito mais em menos terra, colocando muito mais quantidade de gado sem precisar abrir mais áreas para pastagens. A prova é que o menor índice de desmatamento do Brasil foi agora em 2022. Falava-se tanto que Bolsonaro é genocida, ataca a natureza. Mas, é só pegar os altos índices de desmatamento e queimada dos outros mandatos que eram maiores”.

 

Bolsonarista raiz e produtor rural, Norberto Junior há anos levanta a bandeira pelo direito a propriedade adquirida e segurança jurídica no campo. Seu nome ganhou destaque na região em 2019 quando militou para liberar as áreas do Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), que foram impedidas de produzir a partir das áreas de estudos de ampliação de terras indígenas. Norberto por várias vezes foi a Brasília (DF) discutir o assunto, com o apoio do deputado federal, Nelson Barbudo (PL), que também abraçou a causa, e chegou a ser reunir com o presidente Jair Bolsonaro. Em 2020, foi eleito vereador por Brasnorte.

“Essa situação na época travou o desenvolvimento de Brasnorte, já que no município temos três reservas indígenas com possibilidades de ampliação, mesmo já tendo sido demarcada e homologada. Então, vimos que precisávamos de um representante na Assembleia Legislativa, alinhado as necessidades da nossa região Noroeste”.

Norberto destacou sua defesa pelo PL 490, que está há 15 anos em tramitação na Câmara Federal e dispõe que ampliação de terras indígenas sejam feitas por leis. Explicou que, apesar de ser uma pauta nacional, quando se fala de licenciamento ambiental, Autorização Provisória de Funcionamento (APF), Cadastro Ambiental Rural (CAR) e georreferenciamento a legislação é estadual. “Tanto que tínhamos a PL 17 que foi votada em 2020 na Assembleia Legislativa e conseguimos colocar três artigos na proposta. Um deles que devolveria essa APF para os produtores continuarem trabalhando até que se julgue o Marco Temporal, que já está 15 anos em tramitação. Mas, infelizmente, foi aprovado um substitutivo que teve 23 votos dos deputados”, relembrou o candidato.

Ainda conforme Norberto, os estudos de ampliação de terras indígenas começaram no governo do PT e ele explica que, ao se levar em conta o Marco Temporal que está na Constituição, ou seja, as terras indígenas ocupadas até 1988 seriam demarcadas e homologadas, esses estudos em si já são inconstitucionais. “O PL 490 reconhece o Marco Temporal e tira do Ministério da Justiça as novas demarcações e passa para o Congresso Nacional para que novas demarcações de terras indígenas sejam feitas por meio de lei. Além disso, o projeto traz a autonomia para os povos indígenas produzirem em suas terras”, explicou.

 

OUTRAS PAUTAS – Na live, Norberto falou sobre a questão de logística, rodovias como a BR-163, além da importância da chegada da Ferrogrão para destravar o escoamento da produção, em regiões como a Noroeste, carente de infraestrutura. “Eu, sendo deputado estadual, vou trabalhar alinhado a bancada federal para dar apoio e infraestrutura a fim de que o estado possa ser parceiro. Com a ferrovia, teremos agilidade e mais segurança nas rodovias, diminuindo o fluxo de veículos pesados. A BR-163 é uma loucura, tanto que já é chamada de rodovia da morte”, finalizou.