Corinthians, Flamengo e Santos parecem ter um caminho menos difícil para se manterem na luta pela liderança do Brasileirão, mas não há como fazer algumas ressalvas: de 2006 para cá, mesmo com o mando de campo, o Corinthians não conseguiu vencer o Ceará em três jogos, mas o momento da equipe paulista é muito positivo. Outra curiosidade sobre o Corinthians é que nas últimas nove partidas que disputou pela Série A acumulou uma sequência ininterrupta de vitória seguida de empate. Isso aconteceu quatro vezes seguidas, e se o padrão for mantido, é a vez de dar empate. Mas isso é apenas uma coincidência.
O Flamengo também enfrenta um carma nesta rodada: foi visitante cinco vezes contra o Avaí de 2006 para cá e não venceu. Uma vantagem para o Flamengo agora é que a partida desta vez será em Brasília, não na Ressacada. Será que ajuda?
Já o Santos venceu os 12 jogos que mandou contra o Athletico-PR pela Série A nos pontos corridos de 2006 para cá, e a equipe paranaense ainda vem de um grande desgaste pela partida disputada contra o Grêmio no meio de semana.
Favoritismos traz o desempenho de ataques e defesas mandantes e visitantes em jogadas aéreas, o aproveitamento de pontos nos jogos realizados desde 7 de junho (últimos três meses devido à parada para a Copa América), e o retrospecto histórico do confronto pela Série A de 2006 em diante, quando o Brasileirão por pontos corridos passou a contar com 20 equipes. O desempenho das equipes nos lances de bola aérea também ganham destaque nas análises, pois ataques precisos nesse quesito vêm levando vantagem sobre defesas menos organizadas para neutralizar esses lances.
Veja os dados da rodada #18. Boa leitura. Bom jogo!
Corinthians x Ceará >> Corinthians.
Favoritismos #18 — Foto: Espião Estatístico
Considerados apenas os jogos com esse mando nos pontos corridos de 2006 em diante, pela Série A os três confrontos realizados acabaram empatados. No trimestre, o Corinthians tem o quarto melhor desempenho mandante (75%, 5V, 3E, 0D), com o 12º ataque mandante (10 gols, média 1,25) e a melhor defesa (2 gols, média 0,25). O Ceará tem o pior aproveitamento visitante (7%, 0V, 1E, 4D), com o pior ataque visitante (1 gols, média 0,20) mas a quinta melhor defesa (5 gols, média 1,00). No trimestre, o Corinthians é o segundo pior mandante se considerada a média de gols pró em jogadas aéreas. Fez 1 gol em 8 jogos (média 0,13), 10% dos gols em casa. O Ceará tomou 3 gols a partir de jogadas aéreas quando visitante em 5 jogos (média 0,60), 11ª marca. Por outro lado, o Ceará fez 1 gol com a bola viajando pelo alto quando visitante em 5 jogos (média 0,20), quinta pior marca entre os visitantes, 100% do total feito fora de casa, enquanto o Corinthians levou 2 gols quando mandante com o adversário fazendo a bola viajar pelo alto em 8 jogos (média 0,25), oitava marca entre os mandantes, 100% dos gols que levou quando mandante.
Vasco x Bahia >> Vasco.
Favoritismos #18 — Foto: Espião Estatístico
Este confronto no Brasileirão com 20 equipes teve duas vitórias do Vasco (53%), dois empates e uma vitória do Bahia (33%) em cinco jogos. Quando foi mandante no último trimestre, o Vasco tem o sexto desempenho (72%, 4V, 1E, 1D), com o 11º ataque mandante (8 gols, média 1,33) e a 14ª defesa (6 gols, média 1,00). Quando foi visitante no último trimestre, o Bahia tem o sétimo desempenho (39%, 1V, 4E, 1D), com o 11º ataque (5 gols, média 0,83) e a quinta melhor defesa visitante (6 gols, média 1,00). Entre os mandantes, nos últimos três meses, o Vasco é o terceiro melhor mandante em média de gols marcados a partir de jogadas aéreas. Foram 6 gols em 6 partidas (média 1,00), 75% dos gols em casa. O Bahia levou 4 gols em jogadas aéreas fora de casa em 6 jogos (média 0,67), 13ª marca. Já no ataque, o Bahia marcou 3 gols aéreos quando visitante em 6 jogos (média 0,50), sétima desempenho entre os visitantes, 60% do total marcado fora de casa, enquanto o Vasco sofreu 2 gols por jogadas aéreas quando mandante em 6 jogos (média 0,33), 11ª média entre os mandantes, 33% do total nessas partidas. O Vasco tem mostrado precisão no jogo aéreo, e o Bahia tem se complicado: os três últimos gols sofridos pelo Bahia nasceram de jogadas aéreas e dos últimos oito que levou, um foi de pênalti e cinco por bolas aéreas. O Vasco tem boas chances de aumentar sua marca nesta rodada. Dos últimos 13 gols marcados pelo Vasco, dois foram de pênalti e um de falta direta e um de rebatida de falta direta. Todos os outros nove nasceram em jogadas aéreas.
Fortaleza x Fluminense >> Fortaleza.
Favoritismos #18 — Foto: Espião Estatístico
O Fluminense venceu o único confronto realizado de 2006 para cá com mando do Fortaleza. Quando mandante nos últimos três meses, o Fortaleza tem o 13º aproveitamento (60%, 3V, 0E, 2D), com o décimo ataque (7 gols, média 1,40) e a 14ª defesa mandantes (5 gols, média 1,00). Por sua vez, fora de casa o Fluminense tem o oitavo aproveitamento (33%, 1V, 2E, 2D), com o quinto melhor ataque visitante (5 gols, média 1,00), mas a 11ª defesa visitante (6 gols, média 1,20). Neste trimestre, o Fortaleza é o segundo melhor mandante em gols com jogadas aéreas pela média. Houve 6 gols em 5 jogos (média 1,20), 86% dos gols como mandante nesse período. O Fluminense sofreu 3 gols quando visitante com a bola viajando pelo alto em 5 jogos (média 0,60), 11ª marca. O visitante Fluminense conseguiu 1 gol usando a bola aérea fora de casa em 5 jogos (média 0,20), quinta pior marca entre os visitantes, 20% do total marcado fora de casa, enquanto o Fortaleza tomou 2 gols aéreos quando mandante em 5 jogos (média 0,40), 13ª marca entre os mandantes, 40% dos gols que permitiu quando mandante. O Fortaleza pode ser considerado favorito porque embora o ataque do Fluminense vá bem fora de casa, a defesa vem sendo muito vulnerável: dos últimos nove gols sofridos pelo Fluminense, em sete a equipe era visitante.
Avaí x Flamengo >> Flamengo.
Favoritismos #18 — Foto: Espião Estatístico
Nos pontos corridos de 2006 para cá houve três vitórias do Avaí (73%), dois empates e nenhuma vitória do Flamengo (13%) em cinco jogos, mas desta vez o jogo não acontece na Ressacada, em Florianópolis, mas sim no Mané Garrincha, em Brasília, onde recentemente o Flamengo goleou o Vasco. Será que isso vai ajudar a quebrar esse tabu? De junho para cá, o Avaí tem o terceiro pior desempenho mandante (27%, 0V, 4E, 1D), com o quarto pior ataque mandante (3 gols, média 0,60) e a 14ª defesa (5 gols, média 1,00). O Flamengo tem o quarto melhor aproveitamento visitante (48%, 3V, 4E, 2D), com o segundo melhor ataque visitante (12 gols, média 1,33) e a quinta melhor defesa (9 gols, média 1,00). Como mandante nos últimos três meses, o Avaí é o 12º mandante na média de gols feitos em jogadas aéreas. Foram 2 gols em 5 jogos (média 0,40), 67% dos gols feitos quando mandante. O Flamengo levou 4 gols quando visitante por uma jogada aérea em 9 jogos (média 0,44), nona marca. Por sua vez Flamengo fez 6 gols usando bolas pelo alto em 9 jogos (média 0,67), quarta melhor média entre os visitantes, 50% do total marcado fora de casa, enquanto o Avaí levou 2 gols a partir de jogadas aéreas quando mandante em 5 jogos (média 0,40), 13ª média entre os mandantes, 40% do total nesses jogos.
Internacional x São Paulo >> Difícil.
Favoritismos #18 — Foto: Espião Estatístico
Com este mando em Brasileirões com 20 equipes, desde 2006, houve quatro vitórias do Internacional (42%), três empates e cinco vitórias do São Paulo (50%) em 12 jogos. Nos últimos três meses, o Internacional tem o terceiro melhor desempenho mandante (78%, 6V, 3E, 0D), com o sexto ataque (15 gols, média 1,67) e a quinta melhor defesa (5 gols, média 0,56). Fora de casa, o São Paulo tem o terceiro melhor desempenho (53%, 2V, 2E, 1D), com o 12º ataque (4 gols, média 0,80) e a quarta melhor defesa visitante (4 gols, média 0,80). Desde junho, o Internacional é o terceiro melhor mandante pela média de gols com de jogadas aéreas. Conseguiu 9 gols marcados em 9 partidas (média 1,00), 60% do total de gols marcados em casa. O São Paulo tomou 4 gols fora de casa após a bola viajar pelo alto em 5 jogos (média 0,80), 15ª marca. Nesse período, o São Paulo não fez gol em jogadas aéreas fora de casa em 5 jogos, enquanto o Internacional concedeu 4 gols após sofrer um ataque aéreo quando mandante em 9 jogos (média 0,44), 15ª marca entre os mandantes, 80% do total de gols sofridos nessas partidas. O Internacional vem de desgaste (e euforia) pela classificação para a final da Copa do Brasil conquistada na última quarta-feira, enquanto o São Paulo apenas treinou na semana.
Goiás x Palmeiras >> Difícil.
Favoritismos #18 — Foto: Espião Estatístico
Nos jogos da Série A de 2006 em diante, com este mando houve cinco vitórias do Goiás (76%), um empate e uma vitória do Palmeiras (19%) em sete jogos. De junho em diante, como mandante, o Goiás tem o sexto desempenho (72%, 4V, 1E, 1D), com o terceiro melhor ataque mandante (11 gols, média 1,83) e a 12ª defesa (5 gols, média 0,83). Como visitante, o Palmeiras tem o 14º aproveitamento (29%, 1V, 4E, 3D), com o 13º ataque (6 gols, média 0,75) e a 14ª defesa visitante (11 gols, média 1,38). Nos jogos realizados desde junho, o Goiás é o quarto pior mandante por média de gols feitos com a bola viajando pelo alto. Houve 1 gol em 6 jogos (média 0,17), 9% dos gols como mandante nesse período. O Palmeiras sofreu 4 gols com o mandante usando a bola aérea em 8 jogos (média 0,50), décima marca. Quando visitante, o Palmeiras fez 2 gols em jogadas aéreas quando visitante em 8 jogos (média 0,25), 11ª média entre os visitantes, 33% do total marcado fora de casa, enquanto o Goiás sofreu 4 gols com a bola viajando pelo alto quando mandante em 6 jogos (média 0,67), segunda pior marca entre os mandantes, 80% do total. A bola aérea segue sendo um problema para a defesa do Goiás, mas é curioso como historicamente o Goiás consegue vencer em casa o Palmeiras, que está estreando técnico novo: Mano Menezes. A ver como isso vai se refletir em campo.
Cruzeiro x Grêmio >> Difícil.
Favoritismos #18 — Foto: Espião Estatístico
Em jogos pela Série A do Brasileiro, desde 2006, foram sete vitórias do Cruzeiro (64%), quatro empates e duas vitórias do Grêmio (26%) em 13 jogos. Nos últimos três meses, em casa, o Cruzeiro tem o 14º aproveitamento (50%, 3V, 3E, 2D), com o quinto pior ataque (6 gols, média 0,75), mas a segunda melhor defesa mandantes (3 gols, média 0,38). O Grêmio tem o segundo melhor desempenho visitante (56%, 4V, 3E, 2D), com o quinto melhor ataque (9 gols, média 1,00) e a terceira melhor defesa (7 gols, média 0,78). De junho, para cá, o Cruzeiro não fez qualquer gol em jogadas aéreas em 8 jogos. O Grêmio levou 3 gols como visitante com o adversário fazendo a bola viajar pelo alto em 9 jogos (média 0,33), quarta melhor marca. O Grêmio fez 2 gols após a bola viajar pelo alto fora de casa em 9 jogos (média 0,22), 15ª média entre os visitantes, 22% do total marcado fora de casa, enquanto, se não fez, tampouco levou gol aéreo o Cruzeiro nesses 8 jogos. Além do desgaste físico, é difícil imaginar como os jogadores das duas equipes vão reagir emocionalmente às eliminações que sofreram no meio de semana pelas semifinais da Copa do Brasil.
Cruzeiro x Grêmio >> Difícil.
Favoritismos #18 — Foto: Espião Estatístico
Em jogos pela Série A do Brasileiro, desde 2006, foram sete vitórias do Cruzeiro (64%), quatro empates e duas vitórias do Grêmio (26%) em 13 jogos. Nos últimos três meses, em casa, o Cruzeiro tem o 14º aproveitamento (50%, 3V, 3E, 2D), com o quinto pior ataque (6 gols, média 0,75), mas a segunda melhor defesa mandantes (3 gols, média 0,38). O Grêmio tem o segundo melhor desempenho visitante (56%, 4V, 3E, 2D), com o quinto melhor ataque (9 gols, média 1,00) e a terceira melhor defesa (7 gols, média 0,78). De junho, para cá, o Cruzeiro não fez qualquer gol em jogadas aéreas em 8 jogos. O Grêmio levou 3 gols como visitante com o adversário fazendo a bola viajar pelo alto em 9 jogos (média 0,33), quarta melhor marca. O Grêmio fez 2 gols após a bola viajar pelo alto fora de casa em 9 jogos (média 0,22), 15ª média entre os visitantes, 22% do total marcado fora de casa, enquanto, se não fez, tampouco levou gol aéreo o Cruzeiro nesses 8 jogos. Além do desgaste físico, é difícil imaginar como os jogadores das duas equipes vão reagir emocionalmente às eliminações que sofreram no meio de semana pelas semifinais da Copa do Brasil. (Globo Esporte)