O Partido Novo aproveitou a passagem do governador Romeu Zema por Cuiabá, para cravar os primeiros nomes que vão representar a sigla nas eleições de 2026 em Mato Grosso. A direção estadual apresentou pré-candidaturas para a Câmara dos Deputados, para a Assembleia Legislativa e para a suplência ao Senado, em um pacote que marca o início da largada eleitoral no Estado. Segundo dirigentes, a estratégia busca montar uma base sólida espalhada pelo interior, com futuros candidatos capazes de alcançar entre 10 e 15 mil votos cada.
Além disso, o anúncio reforça o movimento do Novo de vincular a presença de Zema em Mato Grosso à formação de chapas competitivas. A sigla tenta transformar a agenda do presidenciável em vitrine para os quadros locais, conectando o discurso nacional de renovação liberal às pautas regionais. Dessa forma, o partido busca consolidar uma marca própria no Estado antes do início oficial da campanha.
Suplência ao Senado com perfil liberal
Para a suplência ao Senado, o Novo confirmou os nomes de Reginaldo Teixeira e Álvaro Carvalho, da Soul. A legenda associa essa composição ao perfil de renovação e à defesa de uma política mais próxima da iniciativa privada, com enfoque em gestão e responsabilidade fiscal. A dupla deve compor uma futura chapa majoritária que o partido pretende construir em torno do projeto nacional de Zema.
De acordo com dirigentes, Reginaldo e Álvaro representam o recorte de empreendedores e profissionais do setor produtivo que o Novo deseja levar para a política. A sigla pretende usar essa suplência como símbolo do vínculo com o ambiente de negócios, sem abrir mão do discurso de ética e transparência. Assim, o partido tenta atrair eleitores que cobram mudanças, mas exigem experiência prática em gestão.
Pré-candidatos à Câmara dos Deputados
Na disputa por vagas na Câmara dos Deputados, o partido anunciou como pré-candidatos Caio Cordeiro, de Várzea Grande, Mirtes, de Sinop, Haroldo Arruda, Carequinha (Ana Paula), Regivaldo, de Sorriso, e o madeireiro Ednei Blasius, de Alta Floresta. Nesse grupo, o Novo aposta em perfis com forte vínculo regional e histórico de atuação em suas comunidades, o que inclui desde lideranças locais até nomes com presença consolidada no setor produtivo.
Em alguns casos, a trajetória pessoal também reforça o discurso de superação e compromisso com políticas públicas. O exemplo mais citado internamente é o de Regivaldo, morador de Sorriso, que ganhou projeção após perder a esposa e três filhas em um crime de grande repercussão na cidade, cometido por um pedreiro. A direção do partido avalia que histórias como a dele ajudam a aproximar a política do cotidiano das famílias e a sustentar a defesa de mudanças na segurança pública e na gestão do Estado.
Além dos perfis regionais, a sigla também destaca a presença de empresários e empreendedores, como o madeireiro Ednei Blasius, de Alta Floresta. Segundo aliados, ele deverá representar pautas ligadas à produção, à regularização ambiental e à geração de empregos na região Norte de Mato Grosso. A intenção é que cada nome leve para Brasília agendas específicas, sem perder a unidade do programa nacional do Novo.
Para a Assembleia Legislativa, o Novo apresentou uma lista mais extensa de pré-candidatos. Estão colocados na disputa Elizeu Nascimento, Arthur Garcia, Daniel do Lago, Carlos Kan, Professor Hedivaldo, Leônidas Leitão, Cláudio Senna, doutora Débora Pacheco, Vandinho Patriota, Heber Vinícius, Fabiana Carvalho e Silvestre. O grupo reúne lideranças com perfis diversos, que vão de profissionais liberais e empresários a representantes de bairros e defensores de causas específicas.
Segundo a direção estadual, a legenda pretende usar esse conjunto de nomes para montar chapas proporcionais mais competitivas e, ao mesmo tempo, mais conectadas à realidade das cidades. A aposta recai sobre candidaturas com densidade regional e capacidade de dialogar com segmentos distintos, como educação, saúde, empreendedorismo, segurança e infraestrutura urbana.
Além dessa lista inicial, o partido já admite que trabalha com outros nomes e que deve apresentá-los “a conta-gotas” ao longo dos próximos meses. A ideia é manter o Novo em evidência no debate público, enquanto organiza chapas proporcionais em várias regiões do Estado. Com isso, a sigla tenta chegar a 2026 com uma base capilarizada, candidaturas alinhadas ao programa nacional e presença constante no cotidiano dos eleitores.
24HMT

