O advogado e empresário Robson Almeida França, ex-assessor de Neri Geller à época de seu mandato na Câmara dos Deputados, negou qualquer irregularidade na sua participação no leilão do arroz, anulado pelo foverno federal nesta terça-feira (11). Proprietário da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e da Foco Corretora de Grãos, Robson intermediou as negociações das empresas Zafira Trading, locadora de máquinas ASR e a fabricante de sorvetes Icefrut, que arremataram 90 mil toneladas, totalizando R$ 468 milhões.

“Eu deixei o gabinete do Neri há quatro anos. Eu vou ter que parar minha vida, não vou poder trabalhar porque fui um ex-assessor de parlamentar? Tem quatro anos, não tem relação nenhuma, não houve favorecimento algum. Eu fui tocar minha vida, iniciar novos projetos. Nosso Estado é voltado ao agro, verifiquei uma possibilidade de abrir uma corretora para ter representatividade aqui em Mato Grosso e não tem nada ilegal”, disparou, em entrevista ao HNT.

Robson afirmou que a Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso, instituída depois de sua saída do gabinete de Geller, estava apta e continua ativa e credenciada à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “A minha corretora estava apta para poder operar nos leilões da Conab, estava tudo legal, com toda documentação que comprova a legitimidade da empresa”, garantiu.

O empresário também negou qualquer relação entre as empresas e o filho de Neri Geller, Marcelo Geller, com quem chegou a idealizar um projeto, que não deslanchou. “Eu sou sócio único. Eu que operei através da minha corretora”, disse.

Com relação a possíveis investigações em torno do leilão, Robson alegou que está ‘tranquilo’. “Eu não tenho nenhuma preocupação, tenho toda documentação, tudo que é exigido para poder participar do leilão, não há preocupação alguma”, concluiu.

(HNT)