Em agenda oficial do Governo Federal, acompanhado do ministro de Meio Ambiente Ricardo Salles, o líder da bancada de Mato Grosso, deputado Neri Geller destacou nessa segunda-feira (09), em Madrid, durante a 25ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 25), que o Brasil tem uma das legislações ambientais mais rígidas do Planeta. Segundo Geller, que já foi ministro de Agricultura e participou ativamente da elaboração do Novo Código Florestal Brasileiro, a meta agora é combater o desmatamento ilegal.
Para o parlamentar, embora haja os percentuais permitidos por lei, a fiscalização é que deve ser mais eficaz. “Nessa questão das queimadas, por exemplo – que virou pauta internacional-, ouvimos várias vezes que o produtor era o grande responsável pelo caos. Saí em defesa do setor que mais gera riquezas para o País, e certamente, o que menos tem interesse em tamanho prejuízo. Hoje, com um clique os órgãos de monitoramento conseguem identificar focos de calor, em tempo real, e tomar as medidas necessárias.”.
Juntamente com outros membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), como os parlamentares Zé Vitor (PL-MG) e Zé Silva (Solidariedade-MG) e o deputado estadual de Mato Grosso, Xuxu Dal’Molin, Geller ressaltou que o Brasil vive um momento “ímpar” com intenso movimento Congresso Nacional para a convergência do setor agro em reconhecer a necessidade de combater com firmeza o desmatamento ilegal, no estrito cumprimento da lei.
Sua fala, na condição de relator do PL 4689/2019 (PL do Desmatamento Ilegal Zero), está em consonância com declarações do autor, deputado Zé Vitor, que ressaltou: “a agricultura moderna representa 21,6% do PIB brasileiro e conta com 4,4 milhões de produtores rurais que estão conscientes de que o agro e a preservação ambiental devem caminhar juntos em prol do desenvolvimento sustentável”.
COP 25
A COP é realizada por países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, sigla em inglês), um tratado internacional com objetivo de lidar com o aquecimento global. A conferência ocorre anualmente e, em 2019, chega à sua 25ª edição.
O principal objetivo do encontro, que conta com a presença de diversas autoridades mundiais, é o de manter o Acordo de Paris assinado por 195 países, debatendo os parâmetros para reduzir os efeitos do aquecimento global de 2ºC – temperatura limite – para 1,5 ºC e lidar com suas consequências.