A uma semana de completar 40 anos, Nenê segue mostrando que o “vovô continua on” no Fluminense. Capitão do time na ausência de Fred, o meia voltou a ser decisivo e abriu o caminho para a vitória por 2 a 0 sobre o Cerro Porteño no Paraguai, na noite desta terça-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final. Com o gol marcado, o camisa 77 se tornou o jogador mais velho a marcar nas fases de mata-mata do principal torneio da América do Sul, segundo divulgado pelo clube tricolor.

– É uma alegria muito grande ter feito nesse jogo tão importante para a gente. Até hoje, era o mais importante da temporada do Fluminense. (…) Fico até emocionado porque era um jogo ao qual esperavam muito da gente, e graças a Deus pude ajudar meus companheiros a conquistar uma grande vitória. Isso me dá muito mais motivação ainda para continuar ajudando e honrando essa camisa – vibrou em entrevista coletiva após a partida.

Nenê também se tornou o terceiro brasileiro mais velho a jogar a Libertadores. Aos 39 anos, 11 meses e 24 dias, ele ultrapassou Renato (ex-volante do Santos), Juan (ex-zagueiro do Flamengo), Dida (ex-goleiro do Grêmio), Fernando Prass (ex-goleiro do Palmeiras), Leonardo Silva (ex-zagueiro do Atlético-MG), Léo Moura (ex-lateral-direito do Grêmio), Ricardo Oliveira (ex-atacante do Atlético-MG) e Emerson Sheik (ex-atacante do Corinthians). E está só atrás do ex-goleiro do São Paulo Rogério Ceni (42 anos, 3 meses e 22 dias) e do ex-meia do Palmeiras Zé Roberto (42 anos, 11 meses e 29 dias).

Veja outras respostas de Nenê:

Jogo da volta

– Vamos jogar para vencer, sabemos que falta o segundo tempo desse jogo. Vamos entrar com a mesma maneira, com a mesma pegada, a mesma intensidade. Não vamos jogar com o regulamento debaixo do braço, porque a gente pode se complicar. Vamos jogar da mesma maneira, para vencer.

Time do Cerro

– É um time com um sistema tático muito definido. Sabíamos da dificuldade do jogo, da intensidade que eles têm. Tinha que entrar concentrado no jogo, intenso. Tínhamos que botar o mesmo ritmo do time deles para tentar nos impor aqui, graças a Deus conseguimos. Tecnicamente a gente se sobressaiu. Tivemos algumas coisas que poderíamos ter melhorado em alguns momentos do jogo, mas foram muito poucas, na maioria do jogo tivemos o controle. Conseguimos um grande resultado que nos dá uma vantagem boa para o jogo de volta.

Nenê foi eleito o melhor em campo pela Conmebol — Foto: Staff Images / CONMEBOL

Nenê foi eleito o melhor em campo pela Conmebol — Foto: Staff Images / CONMEBOL

O que faltou para matar o jogo?

– Acho que as chances que tivemos no segundo tempo. Até no primeiro tivemos algumas chances que já poderíamos ter feito o gol. Depois do segundo (gol), a gente teve uma chance muito clara ali pela esquerda, o Egídio acabou cruzando na mão do goleiro. Teve a do Kayky, do Lucca… Então só faltou esse último detalhe, passe, para ter feito o terceiro gol e ter praticamente, não definido, mas feito uma grande vantagem. Mas de qualquer maneira é um grande resultado 2 a 0. Claro que não tem nada decidido ainda. É normal a gente sofrer também, o time deles está jogando em casa, pressiona… Temos que manter essa mesma intensidade porque no próximo jogo pode acontecer muita coisa. E entrar focados como hoje para sairmos com essa classificação tão importante para o nosso time.

Faixa de capitão do Fred

– Fico muito honrado de levar a braçadeira do Fred. Realmente é uma importância muito grande ter vindo com a gente, a maioria dos jogadores veio para a viagem, isso demonstra a união do nosso grupo. Muita gente duvidava desse grupo, a gente mostra a cada dia com a nossa união, perseverança, que nós podemos ir muito longe ainda nessa Copa Libertadores.

Fred e Abel Hernández

– O Fred realmente ainda não está 100%, e mesmo assim com sua liderança estava junto com a gente o tempo todo no vestiário. E o Abel fez um grande jogo, são jogadores importantes. Ele nos ajudou ali na função que a gente precisava, segurar a primeira linha deles. (Globo Esporte)