Foi, mais uma vez, no sofrimento. Na marca da cal, o Náutico triunfou. Assim como no jogo do acesso à Série B, o Timbu conseguiu a classificação para a final da Série C nos pênaltis, contra o Juventude, na noite deste domingo, nos Aflitos. O adversário será o Sampaio Corrêa. Após uma vitória de 2 a 1 no tempo normal, os alvirrubros venceram por 4 a 3 nas penalidades.

A final

Álvaro comemora gol marcado no tempo normal

Álvaro comemora gol marcado no tempo normal (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)

O Náutico faz a grande final da Série C contra o Sampaio Corrêa, que passou pelo Confiança. O time maranhense é o de melhor campanha geral, ou seja, o primeiro jogo será no estádio dos Aflitos. O segundo, no estádio Castelão.

Primeiro tempo

O Juventude começou o jogo com a vantagem: mesmo se empatasse, ia para a final. Mas em 45 minutos tudo mudou rapidamente. O Náutico fez o primeiro gol após um cruzamento de Hereda. Álvaro meteu a cabeça na bola para balançar as redes. Ali, a decisão nos pênaltis estava garantida. Não demorou muito e o Juventude teve a chance de ter a vantagem de volta. Pênalti marcado. Cobrado por Eltinho. Mas que ficou na trave direita de Jefferson. O Timbu manteve a postura ofensiva. E, de novo pelo alto, fez o segundo. De novo com Álvaro. De novo de cabeça. Os alvirrubros foram para os vestiários com um pé na decisão. O que foi construído pelo Juventude no primeiro jogo caíra pelo ralo.

Segundo tempo

Se fez um primeiro tempo avassalador, o Náutico se viu acuado no segundo tempo. O Juventude voltou bem melhor e mostrou superioridade na maior parte da etapa final. Martelou, martelou e martelou. Mas tinha dificuldades para balançar as redes mesmo com alguns erros defensivos do Náutico. Até que, de tanto insistir, o Juventude fez com Genilson. Foi o gol que deixou tudo em aberto. O Timbu ainda ensaiou uma reação no fim, mas não foi suficiente. A decisão foi para os pênaltis.

Os pênaltis

O Juventude começou cobrando. Eltinho, que perdeu no tempo normal, fez dessa vez. Depois foi a vez do Náutico, com Jiménez, que também fez. Genilson bateu para o Juventude e também converteu. Josa foi para o Náutico. E balançou as redes. Foi a vez de Bryan Rodriguez logo depois. E ele deixou o Juventude na frente. Aí foi a vez de Maylson bater. E fazer. Dener bateu o quarto do Juventude e perdeu – Jefferson encaixou. O Timbu ficou na vantagem. Álvaro, autor dos dois gols, bateu muito mal. Escorregou e chutou para fora. Alberto foi para o Juventude. E bateu para fora. Matheus Carvalho, que fez o gol do acesso na marca da cal, foi de novo competente. Colocou o Timbu na final.

Tem estrela

Álvaro foi o nome da partida. Chegou ao quinto gol marcado, empatou com Thiago na artilharia do Náutico na Série C e ratificou o bom momento decisivo. Antes de fazer dois diante do Juventude, tinha marcado contra o Botafogo-PB fora de casa, Paysandu no jogo do acesso e também o gol alvirrubro no jogo de ida das semifinais.

Pesou

Logo após tomar o primeiro gol, o Juventude teve a chance de voltar a ter a vantagem em mãos. Um pênalti foi marcado a favor dos gaúchos, mas Eltinho – que fez o gol da virada no apagar das luzes no primeiro jogo – não foi feliz dessa vez. A bola, que lá no Alfredo Jaconi, bateu na trave e nas costas de Jefferson antes de entrar, dessa vez ficou só na trave mesmo. Ele não teve a mesma sorte. Se aquela bola entrasse, o roteiro seria outro.

Provocação

Logo após acertar a última cobrança de pênalti, Matheus Carvalho fez um sinal provocando o goleiro Marcelo Carné, o que gerou uma confusão generalizada no campo. Felizmente, nenhum problema maior ocorreu. A provocação do alvirrubro foi com o mesmo gesto que o arqueiro do Juventude fez para ele no jogo de ida, quando Matheus Carvalho tentou um gol por cobertura, sem sucesso. Na ocasião, Carné balançou os dedos negativamente e falou: “Aqui não”. O jogador do Náutico fez o mesmo neste domingo. (Globo Esporte)