“O que o Botelho fez foi uma vergonha. Uma traição a Cuiabá”. A fala é do candidato a prefeito de Cuiabá, Domingos Kennedy (MDB), que novamente criticou a atuação do deputado e presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho, na aprovação da Lei Complementar 746/2022. A legislação promoveu mudanças na distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos municípios de Mato Grosso.

Segundo a Prefeitura de Cuiabá, a lei entrou em vigor em 2023 e já resultou em uma redução de mais de R$ 70 milhões no repasse para a Capital. A previsão é de que em 2025 essa queda chegue a R$ 100 milhões e some mais de R$ 1 bilhão nos próximos dez anos. Kennedy afirma que, como presidente da AL, Botelho tinha o poder para promover debates mais aprofundados sobre o projeto Executivo Estadual.

“Precisamos resgatar esses R$ 70 milhões que o deputado Botelho assinou e aprovou. Como que um parlamentar morador de Cuiabá pode fazer isso com a cidade? Ele tinha que garantir que Cuiabá tivesse voz ativa nas discussões e não fez. Não brigou pelo povo, não brigou por Cuiabá e agora quer ser prefeito. Cuiabá merece um gestor que defenda seus interesses e não alguém que traia a cidade que o acolheu”, argumenta.

Conforme o candidato da coligação Por Amor a Cuiabá, formada por MDB e PDT, os R$ 70 milhões que Cuiabá deixa de receber por conta da omissão de Eduardo Botelho seria suficiente para construir pelo menos mais 15 escolas ou creches, ajudando a reduzir o déficit de vagas. Ele aponta ainda que o valor também poderia ser investido na compra de remédios para abastecer as unidades de saúde por mais de um ano e quatro meses.

Kennedy foi o responsável por trazer o assunto à tona no debate promovido pelo portal Primeira Página e mostrar à população o quanto a lei tem sido prejudicial para a capital de Mato Grosso. Na ocasião, o emedebista questionou Botelho sobre o assunto. O candidato do União Brasil, por sua vez, assumiu que a nova regra é prejudicial, mas transferiu a culpa para os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande.

“No debate, Botelho disse que a culpa era do prefeito Emanuel Pinheiro e do Kalil Baracat. Mas Emanuel já desmentiu essa falácia. Emanuel mostrou em suas redes sociais as diversas vezes que alertou sobre esse problema, que pediu para que Botelho, como presidente da AL e eleito pelo povo cuiabano, ajudasse nossa cidade. Mas ele deu uma bolada nas costas do povo cuiabano”, completou Kennedy.