A tentativa do governador de Mato Grosso de impor o BRT contra tudo e contra todos remete a um retrocesso sem precedentes em nossa história.
É um jogo de cartas marcadas para favorecer a continuidade do monopólio dos ônibus poluentes, já que o BRT nada mais é que dois ônibus interligados por uma sanfona.
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A palavra monopólio vem do grego “monos” (um) e “polein” (vender), significa um privilégio total que possui uma empresa em vender certas coisas (no caso, ônibus), de explorar determinados serviços sem concorrência sobre trilhos (VLT).
Trata-se de um comércio abusivo que favorece alguns em detrimento de toda a sociedade.
Ao proibir a colocação de trilhos em Cuiabá e Várzea Grande, o governador pretende manter o transporte público que já existe, um caos, ultrapassado e poluente. E que não deu certo em lugar algum.
Para o governante atual, é proibido falar, discutir, debater, implantar trilhos.
O ônibus ou BRT é um direito exclusivo ao grupo empresarial predominante no país. E ao colocar mais ônibus na cidade, o governador oferece aos empresários desses ônibus poluentes práticas nocivas aos usuários que se veem obrigados a usar seus ônibus desconfortáveis por falta de opção.
Para o governador de Mato Grosso, é proibido falar em mobilidade urbana sobre trilhos, ecologicamente correta, eficiente, confortável e mais rápida, uma tendência mundial.
O VLT existe em mais de 402 cidades funcionando com eficiência e segurança.
Mas, o governador está decidido em voltar ao tempo da carroça, a um tempo obsoleto, para satisfazer os seus interesses eleitorais.
Os ônibus poluentes causam uma morte silenciosa. É movido a diesel (petróleo), tem pneus (petróleo), anda no asfalto (petróleo).
A fumaça preta dos veículos movidos a combustível fóssil mata mais que a pandemia. Além disso, os ônibus causam enormes engarrafamentos se juntando aos veículos que são emplacados aos milhares por dia.
Diga não ao monopólio dos ônibus. Monopólio é a exploração sem concorrente em virtude de um privilégio.
Apenas os ônibus podem oferecer o serviço garantindo um superlucro.
Apesar de já ter anunciado sua decisão contra a continuidade do VLT, o governador não pode decidir sozinho, nem isso garante que em breve uma decisão dessa natureza seja alterada, inclusive colocando-o no banco dos réus.
É importante que a sociedade se mobilize por meio de suas entidades representativas ou diretamente.
É fundamental que as instituições do Estado funcionem, especialmente o Ministério Público e a Assembleia Legislativa, para cobrar que o VLT se conclua e os contratos com a Caixa Econômica Federal e a União sejam cumpridos.
Não podemos ficar reféns de uma decisão antidemocrática e que não se sustenta tanto do ponto de vista econômico, quanto político, social e de saúde.
Precisamos avançar e incorporar em todas as dimensões de nossas relações sociais a ideia de sustentabilidade, do desenvolvimento para todos respeitando o bem comum e a natureza.
*VICENTE VUOLO é economista, cientista político e coordenador do Movimento Pró VLT Cuiabá-Várzea Grande.
CONTATO: www.facebook.com/vicente.vuolo
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