Depois de se classificar para a final do revezamento 4x100m masculino do Mundial de Doha, o Brasil precisava ao menos concluir a final para confirmar a vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A medalha não veio, mas o quarto lugar com 37s72 – novo recorde sul-americano – confirmou a força do quarteto formado por Rodrigo Nascimento, Vitor Hugo dos Santos, Derick Silva e Paulo André. Foi a segunda vaga olímpica em revezamentos conquistada pelo Brasil no Mundial de Doha. No domingo, o país confirmou a classificação no 4x400m misto com um oitavo lugar na final.
– Fizemos essa marca muito boa, a realidade do Brasil hoje é o 4x100m. Vamos melhorar individualmente para trazer bons resultados no 4x100m. Continuem confiando na gente, Tóquio é logo ali – comentou Paulo André, que foi emendado por Vitor Hugo.
– Eu não me liguei em nenhum atleta, como erramos na semi, a gente brigou contra o relógio na final. Estávamos bem. O resultado foi um recorde sul-americano fantástico – destacou.
Momento da chegada da final do revezamento 4x100m do Mundial de Doha — Foto: Ahmed Jadallah/Reuters
O ouro no 4x100m masculino ficou com os Estados Unidos, que por muito pouco não foram desclassificados da eliminatória por uma suposta irregularidade na troca de bastão. A equipe americana, que fez 37s10 – recorde do Campeonato Mundial – foi formada pelos astros Christian Coleman, Justin Gatlin, Noah Lyles e Michael Rodgers, o terceiro a entrar na pista. A prata foi para a Grã-Bretanha, com 37s36, seguida pelo Japão, bronze com 37s43. A África do Sul terminou em quinto, com 37s73.
No revezamento 4x100m feminino, ouro para a Jamaica, com 41s44 (recorde do Campeonato Mundial), prata para a Grã-Bretanha (41s85) e bronze para os Estados Unidos (42s10). O Brasil chegou a se classificar na eliminatória, mas foi desqualificado minutos após a prova depois de a IAAF (Federação Internacional) detectar um erro brasileiro de invasão de raia.
Yulimar Rojas bicampeã
No salto triplo feminino, a venezuelana Yulimar Rojas saltou 15,37m e faturou o bicampeonato mundial, uma vez que ela também levou o título em Londres 2017. A prata ficou com a jamaicana Shaniek Ricketts, com 14,92m, seguida pela colombiana Caterine Ibarguen, que fez 14,73m.
Yulimar Rojas vibra com o bicampeonato mundial no salto triplo — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
Nos 1.500m feminino, o ouro foi conquistado pela holandesa Sifan Hassan, com o tempo de 3m51s95. Já nos 5.000m para mulheres quem subiu no lugar mais alto do pódio foi a queniana Hellen Obiri, com 14m26s72.
Neste domingo acontece o último dia de competições do Mundial de Atletismo, com provas a partir das 13h02 (de Brasília). (Globo Esporte)